Veículo: Valor Econômico
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Data: 04/06/2025

Editoria: Shopping Pátio Higienópolis
Assuntos:

Como o varejo usa a inteligência artificial

No varejo, aplicações de inteligência artificial (IA) generativa já são usadas para facilitar o cadastro de produtos, fazer recomendações de compras e criar provadores personalizados para provas de roupas on-line.

Os exemplos foram dados por executivos da varejista de moda Amaro, da empresa de serviços de nuvem AWS e da fabricante de chips Nvidia, no evento da empresa de tecnologia Vtex ontem (3), em São Paulo.

“Hiperpersonalização não é um tema novo, mas a IA traz escala para esse processo”, disse a vice-presidente de Marketing da Amaro, Renata Castilho. A varejista está testando o uso da IA para acelerar cadastros de produtos à venda. Outra aplicação importante da IA, disse Castilho, é ajudar na captação de dados de clientes e gerar ofertas personalizadas.

Na varejista americana Amazon, a aplicação de assistentes de IA que fazem recomendações de compra já é feita nos Estados Unidos, Canadá, Índia e Europa. Em fevereiro de 2024, a empresa lançou o assistente Rufus. Desenvolvido pela AWS, ele faz recomendações de compras no marketplace da empresa de forma personalizada, com base no comportamento de compras do consumidor. O Rufus ainda não tem prazo para lançamento no Brasil.

Na era dos modelos de IA que executam tarefas, a AWS testa um agente de IA chamado “compra para mim”, capaz de pesquisar e fazer pedidos de produtos que não estão no catálogo da Amazon. “O agente entende isso e vai buscar os produtos pra você”, disse  Luís Fernando Liguori, diretor da AWS. No Brasil, agentes de IA da AWS já atuam em casos como o da farmacêutica Elfa. Um agente consegue identificar e ler pedidos feitos por e-mail ou por aplicativos de mensagens enquanto outro agente faz cotações de preços e envia aos vendedores. “Em oito meses, a empresa gerou uma receita adicional de R$ 100 milhões”, frisou Liguori.

No ambiente corporativo, a Nvidia aposta em múltiplos agentes de IA especializados, que executam mais do que tarefas operacionais. “Crie um agente muito especializado. Ele é como um funcionário que você contratou”, aconselhou o gerente de vendas corporativas da Nvidia na América Latina, Guilherme Fuhrken. A área de recursos humanos, disse, será o departamento de tecnologia.

Mesmo com a proposta de um “RH para agentes”, Fuhrken foi enfático diante da plateia principal do evento, afirmando que “ninguém vai perder o emprego”, na era da IA. “Há interações em que a criatividade humana não perde para a inteligência artificial”, disse o executivo a uma plateia lotada.