O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) subiu 1,6% em maio ante abril, para 104 pontos, informou a organização nessa quarta-feira (28). No entanto, na comparação com maio do ano passado, o Icec em maio desse ano mostrou queda de 5,8%.
Esse desempenho ainda negativo, ante igual período de ano anterior, significa que, no entendimento da confederação, o indicador continua em tendência de queda em relação a 2024. Na prática, pontuou a CNC, avanços mensais não estão sendo suficientes para compensar perdas anuais, principalmente para comerciantes de bens duráveis, detalhou a confederação, em comunicado.
Assim como no indicador geral, os três tópicos usado para cálculo do Icec mostraram alta em maio ante abril, mas ainda com recuo na comparação com maio de 2024.
É o caso de condições atuais, com aumento de 1,4% ante abril, e queda de 10,5% na comparação anual; expectativas, com alta de 2,3% ante abril, e retração de 6,1% ante maio de 2024; e intenções de investimentos, com elevação de 0,9% ante abril, e taxa negativa de 1,5% na comparação com igual mês do ano passado.
“Embora o índice tenha apresentado sinais de recuperação, os dados revelam contexto de baixa confiança pela manutenção dos juros elevados e da fragilidade das condições econômicas atuais”, afirmou, em comunicado, o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros. “A evolução nos próximos meses dependerá, em grande parte, do comportamento da inflação, das políticas monetárias e da dinâmica do consumo das famílias”, completou.
No estudo, a CNC detalhou ainda que, entre os varejistas, o segmento de bens duráveis (lojas de eletrônicos, eletrodomésticos, móveis, decoração, veículos e materiais de construção) se mostrou o menos otimista, na comparação anual. A confiança dos empresários dessa área caiu 6,4% no comparativo com o maio ano passado – ainda que tenha registrado crescimento de 1,2% em maio ante abril.
“A maior sensibilidade às taxas de juros ajuda a explicar a retração. Os bens de maior valor agregado se tornam menos acessíveis aos consumidores e menos atrativos aos empresários em um cenário de crédito mais restrito”, afirmou, em comunicado sobre o indicador, o economista da CNC João Marcelo Costa.
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