
O varejo de bens de consumo de giro rápido, como alimentos e produtos de higiene pessoal, tem um volume de US$ 448,4 bilhões (o equivalente a R$ 2,5 trilhões) em vendas que podem entrar para o mundo de pagamentos eletrônicos na América Latina e no Caribe, de acordo com pesquisa encomendada pela Mastercard. A maior parte desse total se refere a pagamentos entre empresas, mas um volume considerável está nas vendas ao consumidor.
O estudo envolveu 11 países da região e apontou que 12 milhões de comerciantes tradicionais operam nestes mercados. Neste universo, são realizados US$ 155 bilhões em vendas ao consumidor final pagas em dinheiro, ou 43% do total. Além disso, 90% dos pagamentos entre empresas, ou US$ 293,4 bilhões, são em dinheiro vivo. Entram nessa conta pagamentos a fornecedores, por exemplo.
Graus de digitalização variam entre países
O diretor de Produtos e Soluções para Pequenas e Médias Empresas e Atacado da Mastercard Brasil, Mario Rocha, afirma que os graus de digitalização são diferentes entre os países. Se no Brasil a bancarização é quase completa e impulsionada pelo digital, no México, 80% da economia ainda roda “em dinheiro”, por exemplo.
De acordo com ele, o setor precisa não apenas ter produtos que ajudem a ampliar a digitalização dos pagamentos, mas também torná-los mais conhecidos, em especial entre os pequenos negócios. Em particular nos pagamentos entre empresas, o setor aposta na maior rapidez e na economia de custos como diferenciais para atrair negócios de todos os tamanhos a novas soluções.