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Data: 27/05/2025

Editoria: Assaí, L-Founders
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Altas e baixas: Assaí lidera Ibovespa com avanço de quase 6%

Matheus Gagliano

Matheus Gagliano

26 Mai 2025 às 18:41 · Última atualização: 26 Mai 2025 · 5 min leitura

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As ações do Assaí (ASAI3) encerraram o pregão desta segunda-feira (26) como o maior destaque entre as altas e baixas do Ibovespa, subindo 5,97% e fechando a R$ 10,65. O movimento de valorização reflete o apetite dos investidores pelo setor de varejo alimentar, em um contexto de expectativas mais positivas para o consumo nos próximos trimestres.

Na sequência, os papéis preferenciais da Azul (AZUL4) avançaram 4,81%, cotados a R$ 1,09, em meio a sinais de recuperação gradual no setor aéreo e possíveis revisões de custos com combustível. A Braskem (BRKM5) também figurou entre os destaques do dia, com alta de 4,15%, a R$ 11,55, em meio ao noticiário envolvendo possível oferta pública de aquisição de ações por parte do investidor Nelson Tanure.

Vivara (VIVA3), varejista de joias, subiu 3,94% e fechou a R$ 25,58, beneficiada por revisões positivas em relatórios de análise após a divulgação de resultados recentes. Já o IRB Brasil (IRBR3) completou o grupo dos cinco principais ganhadores do dia, com valorização de 3,27%, encerrando a sessão a R$ 47,97.

Maiores altas

Nome Último (R$) Variação (R$) Variação (%)
Assaí ON 10,65 +0,60 +5,97%
Azul PN 1,09 +0,05 +4,81%
Braskem PN 11,55 +0,46 +4,15%
Vivara ON 25,58 +0,97 +3,94%
IRB Brasil ON 47,97 +1,52 +3,27%

Maiores quedas

As ações preferenciais da Raízen (RAIZ4) lideraram as perdas do Ibovespa, com queda de 7,94%, encerrando o pregão cotadas a R$ 1,97. A forte baixa ocorre em meio a um cenário de incertezas no setor de energia e biocombustíveis, além de preocupações do mercado com os resultados financeiros recentes da companhia.

Outro destaque negativo do dia foi a JBS (JBSS3), cujos papéis recuaram 3,63%, a R$ 39,26. O desempenho acompanha a pressão sobre empresas do setor de proteínas, diante da volatilidade cambial e das margens apertadas no mercado internacional.

A Petz (PETZ3), do setor de varejo pet, caiu 3,13%, fechando a R$ 4,34, refletindo cautela dos investidores com o consumo discricionário. Já os papéis da YDUQS (YDUQ3), grupo de educação, recuaram 2,70%, a R$ 15,12, acompanhando a tendência de realização de lucros após semanas de valorização.

A Minerva (BEEF3) também figurou entre as maiores quedas, com desvalorização de 2,51%, negociada a R$ 5,04. O papel foi pressionado por incertezas sobre exportações e o impacto de custos operacionais.

 

Nome Último (R$) Variação (R$) Variação (%)
Raízen PN 1,97 -0,17 -7,94%
JBS ON 39,26 -1,48 -3,63%
Petz ON 4,34 -0,14 -3,13%
YDUQS ON 15,12 -0,42 -2,70%
Minerva ON 5,04 -0,13 -2,51%

 

Altas e baixas: contexto do mercado

O feriado nos EUA deve reduzir a liquidez da bolsa brasileira, que ainda repercute o anúncio do corte de R$ 31,3 bilhões no Orçamento de 2025 e a revogação da alíquota de 3,5% do IOF sobre investimentos de fundos no exterior.

O risco fiscal permanece no centro das atenções após a isenção da conta de luz para 60 milhões de pessoas, medida vista como tentativa de recuperar a popularidade do governo.

Ainda assim, o mercado tende a otimismo moderado, com o Morgan Stanley projetando o Ibovespa em 189 mil pontos até meados de 2025.

Na agenda do dia, destaque para a divulgação do Boletim Focus, com alta na projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2025. Durante a semana, o foco estará no PIB do primeiro trimestre, nos dados de inflação com o IPCA-15, além do PCE americano que impacta também por aqui.

Também serão conhecidos os números de emprego via Caged e IBGE, e os dados do setor público de abril, em meio à controvérsia sobre as medidas fiscais anunciadas no Relatório Bimestral de Receitas e Despesas.

Mercados no exterior

O feriado do Memorial Day mantém os mercados dos Estados Unidos e do Reino Unido fechados, reduzindo a liquidez global, embora os futuros de Nova York operem normalmente.

A decisão de Donald Trump de adiar para 9 de julho a tarifa de 50% sobre produtos da União Europeia, após conversa com a presidente do grupo, Ursula von der Leyen, trouxe alívio aos mercados. A UE apresentou uma proposta comercial ampla e manifestou disposição para avançar nas negociações. A guerra tarifária volta ao radar, com Trump sinalizando que quer usar tarifas para atrair fábricas ao território americano.

Ao longo da semana, a atenção estará voltada à divulgação do PIB dos EUA e ao índice de inflação PCE. O pacote tributário de Trump também será analisado pelo Senado em junho.