Veículo: O Globo - RJ
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Data: 16/04/2025

Editoria: Shopping Pátio Higienópolis
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Cesta de consumo ampliada registra queda em seis das oito capitais pesquisadas

O valor da cesta de consumo ampliada caiu em seis das oito capitais analisadas pela plataforma Cesta de Consumo Neogrid & FGV IBRE em março ante fevereiro. O maior recuo foi registrado em Manaus, com -10,5%, seguida por Curitiba (-7,1%), Rio de Janeiro (-5,9%) e Fortaleza (-4,2%). São Paulo e Belo Horizonte também registraram quedas, de -2,1% e -1,8%, respectivamente.

Apesar da retração no mês, São Paulo segue com a cesta ampliada mais cara do país (R$ 2.140,38), acompanhada de perto pelo Rio de Janeiro (R$ 2.138,53). Manaus (R$ 1.568,08) e Curitiba (R$ 1.673,31) permanecem entre as capitais com os menores custos.

A cesta de consumo ampliada considera 33 itens, incluindo alimentos, bebidas, produtos de higiene e limpeza. O recuo em março foi puxado por quedas em diversas categorias, principalmente itens básicos como arroz, manteiga e óleo, que apresentaram variações negativas em todas as capitais analisadas.

Entre os produtos com maior desaceleração de preços estão o arroz e o óleo. Curitiba lidera a queda no preço do arroz (-7,3%), seguida por Belo Horizonte (-5,4%) e por Rio de Janeiro e Manaus (ambas com -4,8%). O óleo de cozinha recuou até -8,6% em Curitiba e -4,6% no Rio de Janeiro. A manteiga também teve queda nas cidades pequisadas: -5,8% no Rio, -4,4% em BH e -3,2% em Fortaleza. Outros itens que recuaram na maioria das capitais incluem fubá, farinhas de milho e frango.

Mesmo com o recuo da cesta ampliada no geral, alguns produtos registraram alta de preços. O papel higiênico subiu 5,1% em Manaus e 1,9% em Brasília. O iogurte teve alta em todas as capitais analisadas, com destaque para Salvador (4%) e São Paulo (0,8%). As verduras também ficaram mais caras, principalmente em Manaus (4,3%), São Paulo (2,4%) e Brasília (1,3%). Já o xampu teve comportamento misto: enquanto subiu 0,7% no Rio de Janeiro, recuou -1,8% em Curitiba.

Alguns alimentos continuam pressionando o bolso das famílias. O café em pó e em grãos subiu em todas as capitais, com destaque para São Paulo (22,2%) e Fortaleza (21,5%). O pão registrou aumento de até 29,2% em Brasília e acima de 11% em São Paulo, Curitiba e Rio. O óleo também teve forte alta em algumas regiões, principalmente em Brasília (23,2%) e Salvador (14,8%). Entre as frutas, o maior aumento foi registrado em Brasília (33,8%) e Manaus (25,4%). Já os produtos suínos subiram principalmente em Curitiba (20,2%) e no Rio de Janeiro (12,5%).

Além da cesta ampliada, a pesquisa também monitora mensalmente o valor da cesta básica tradicional (composta por 18 gêneros alimentícios). Em março, o preço caiu em três das oito capitais analisadas, com destaque para Manaus (-6,3%), Rio de Janeiro (-4,4%) e São Paulo (-1,7%).

Mesmo com a queda, São Paulo passou a liderar o ranking da cesta básica mais cara do país (R$ 978,53), superando o Rio de Janeiro (R$ 975,03), que ocupava o topo desde janeiro de 2024. A capital com menor custo é Belo Horizonte (R$ 686,57), seguida por Manaus (R$ 729,93) e Curitiba (R$ 776,84).

Entre os 18 itens da cesta básica, os maiores aumentos em março foram registrados nos preços do café em pó e dos ovos. O café subiu em sete das oito capitais, com variações acima de 4% em Brasília, São Paulo e Rio.