Segundo o Axios, o presidente dos EUA assinou uma ordem executiva que põe fim à brecha de isenção de importação dessas empresas. Impostos começam a valer em 2 de maio.
Por Aline Freitas
09/04/2025 03h44 Atualizado há 5 horas
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Temu e Shein — Foto: Reuters
O presidente Donald Trump pôs fim a brecha que isentava de impostos produtos de empresas chinesas como Shein e Temu e ainda triplicou o valor da taxa imposta sobre as importações nos Estados Unidos. A informação é do jornal econômico americano Axios.
Antes, encomendas com valor inferior a US$ 800, não eram taxadas. Agora, esses pacotes devem receber um imposto de até 90% do valor total.
Na semana passada, quando foi assinada a ordem executiva que acabava com a isenção, o plano era impor uma alíquota de até 30% do valor por item — que seria elevada em 1° junho para 50%.
Segundo o Axios, o fim da isenção representa uma vitória para os defensores dos varejistas americanos. A Forever 21, uma marca de moda jovem americana, culpa a ascensão da Shein por ter que fechar suas lojas pelos EUA.
“A capacidade de varejistas não americanos de vender seus produtos a preços drasticamente mais baixos para consumidores dos EUA impactou significativamente a capacidade da empresa de manter sua base tradicional de clientes,” disse Stephen Coulombe, co-diretor de reestruturação da Forever 21.
Críticos da taxação dizem que a medida significa “aumentar efetivamente os impostos sobre os consumidores americanos e aumentar drasticamente o tempo de envio“.
Tarifaço de Trump e guerra com a China
Na tarde desta terça-feira (8), a Casa Branca confirmou que as tarifas de 104% dos EUA contra a China começarão a ser cobradas na quarta (9).
Na madrugada de segunda para terça, a China já havia dito que não voltaria atrás na decisão e que estaria pronta para seguir respondendo aos aumentos tarifários, apesar de considerar que “em uma guerra comercial não há vencedores”.
Esse novo capítulo do “tarifaço global” dos EUA começou no último dia 2 de abril, quando Trump anunciou taxas de importação sobre 180 países de todo o mundo.
- A Ásia foi o continente que recebeu as maiores tarifas. A taxa anunciada por Trump para a China no dia foi de 34%, o que faria com que os produtos chineses fossem taxados pelos EUA em 54%, no total.
- Na sexta-feira (4), a China anunciou que iria impor tarifas também de 34% sobre os produtos americanos, como resposta ao tarifaço.
- Trump, então, ameaçou cobrar taxas extras de 50% à China se o país não recuasse da retaliação nesta terça (8). Como Pequim não desistiu, as tarifas de 104% entraram em vigor.