Veículo: Valor Econômico
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Data: 09/04/2025

Editoria: Shopping Pátio Higienópolis
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Dólar sobe até R$ 6,07 e bolsas aprofundam perdas após China impor tarifas de 84% sobre bens dos EUA

Após taxação da China, mercado agora precifica primeiro corte de juros do Fed em maio

Em meio à escalada da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, com a taxa efetiva de 104% sobre produtos chineses entrando em vigor nesta quarta-feira (09) e o Ministério do Comércio da China anunciar uma tarifa total de 84% sobre importações americanas, o mercado começa a precificar o primeiro corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) em maio, ao invés de junho, como era a previsão até ontem.

A ferramenta CME “FedWatch Tool” mostra que 52,8% dos agentes financeiros começaram a apostar, a partir de hoje, que o Fed fará seu primeiro corte de 0,25 pontos-base (pb) nos Fed Funds, para a faixa de 4% até 4,25%, a partir da próxima reunião do banco central, em maio. Ontem, as previsões eram de 44,5%. (Artur Scaff)

Ibovespa futuro recua com contra-ataque tarifário chinês e ADRs da Petrobras caem mais de 3% no pré-mercado

A escalada tarifária ganha contornos mais preocupantes na sessão desta quarta-feira com a resposta dura dada pela China de que irá impor tarifas de 84% sobre bens dos Estados Unidos. O contra-ataque chinês manteve acionado o modo de aversão a risco dos investidores, o que pressiona o Ibovespa futuro para baixo e antecipa um pregão mais negativo para o principal índice da bolsa brasileira. Os juros futuros também ampliam a alta na sessão, ao passo que dólar à vista rompe os R$ 6,05.

Por volta das 9h30, o Ibovespa futuro tinha queda de 0,75%, aos 123.020 pontos. No mesmo horário, o futuro do S&P 500 caía 1,73% e o Stoxx 600 derretia 4,38%. Já o EWZ, que é o principal fundo de índice (ETF) de ações brasileiras negociado em NY, cedia 1,79%. (Bruna Furlani)

BCE deve cortar juros com recuperação surpreendente do euro após tarifas, diz Villeroy

O Banco Central Europeu (BCE) deve reduzir sua taxa de juros de referência em resposta ao aumento das tarifas americanas anunciado em 2 de abril, disse o presidente do Banco da França e integrante do conselho do BCE, François Villeroy de Galhau, em entrevista publicada na quarta-feira.

Na semana passada, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs tarifas adicionais de 20% sobre as importações da União Europeia (UE), somando-se a novas taxas sobre automóveis, alumínio e aço. Economistas afirmam que isso provavelmente enfraquecerá o crescimento na zona do euro, à medida que as exportações desaceleram. Leia mais

Dólar abre forte pela 4ª sessão seguida e rompe R$ 6,05 diante de guerra comercial

O dólar comercial abriu mais uma vez em forte alta, no quarto pregão seguido em que a moeda americana registra forte valorização frente ao real. Com a alta desta manhã, o dólar supera o nível de R$ 6,05, e o real apresenta mais uma vez o pior desempenho entre as 33 moedas mais líquidas acompanhadas pelo Valor. O motivo dessa piora, mais uma vez, é o temor pela guerra comercial, com a China anunciando hoje tarifas de 84% contra os Estados Unidos.

Perto das 9h20, o dólar à vista era negociado em alta de 1,12%, cotado a R$ 6,0646, enquanto o euro comercial apreciava 1,96%, cotado a R$ 6,7001. No exterior, o dólar seguia mais fraco frente a maioria das divisas mais líquidas, com o DXY recuando 0,76%, aos 102,158 pontos. Leia mais

Juros futuros têm disparada com estresse nos Treasuries diante de escalada em guerra comercial

Os juros futuros dispararam na sessão desta quarta-feira, com forte alta das taxas ao longo de toda a extensão da curva a termo, no momento em que os mercados embutem nos preços dos ativos um maior prêmio de risco diante do estresse observado no mercado de Treasuries. A pressão sobre o câmbio, com o dólar de volta a R$ 6, também gera alguma apreensão e deixa o mercado doméstico de juros em um nível ainda mais estressado, enquanto os investidores se mostram atentos aos desdobramentos da guerra comercial após a China voltar a retaliar os Estados Unidos e impor uma tarifa adicional de 50% sobre produtos americanos, totalizando uma taxa de 84%.

Por volta de 9h20 (de Brasília), a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 subia de 14,76% no ajuste anterior para 14,85%; a do DI para janeiro de 2027 avançava de 14,325% para 14,595%. Leia mais

Vendas no varejo sobem 0,5% em fevereiro e registram novo patamar recorde, mostra IBGE

O volume de vendas no varejo restrito subiu 0,5% em fevereiro, ante janeiro, e atingiu novo patamar recorde da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (9). Em janeiro, o comércio restrito tinha avançado 0,2% (dado revisado após divulgação de recuo de 0,1%).

O resultado de fevereiro ante janeiro veio menor que a mediana estimada pelo Valor Data, apurada junto a 23 consultorias e instituições financeiras, que era de alta de 0,6%. O intervalo das projeções para o varejo restrito ia de -0,3% a +1,1%. Leia mais

Rendimentos dos Treasuries voltam a ganhar força após tarifação da China contra os EUA

Os rendimentos dos Treasuries de longo prazo anos ganharam fôlego adicional na manhã desta quarta-feira, após o Ministério do Comércio da China anunciar que irá aumentar as tarifas contra produtos dos Estados Unidos, com um adicional de 50%, levando o montante total para 84%, em resposta à taxação de 104% de Washington sobre produtos chineses, que entrou em vigor hoje.

Perto das 9h (horário de Brasília), o yield da T-note de 30 anos subia de 4,777% para 4,887% do fechamento anterior. A mínima intradiária foi de 4,796%. O rendimento da T-note de 20 anos também tem forte avanço, indo de 4,819% do fechamento anterior para 4,959%. (Artur Scaff)