/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_e536e40f1baf4c1a8bf1ed12d20577fd/internal_photos/bs/2025/g/I/RCBIJ8TbOTb0owCMSmhw/en-inovacao-resultado-renner.jpg)
As etiquetas das roupas reúnem informações sobre composição têxtil, fabricante, tamanho e cuidados para conservação da peça. Com a digitalização, aquele pequeno pedaço de tecido — que coça e geralmente é cortado — passou a trazer também mais informações em um microchip. Isso foi feito, por exemplo, na Renner, que monitora seus produtos nas lojas por meio de etiquetas inteligentes com radiofrequência.
Desenvolvida em parceria com a Sensormatic Solutions, as etiquetas de identificação por radiofrequência (RFID) foram lançadas pela varejista em 2019 como uma solução para alarme antifurto dos produtos, em substituição aos antigos sensores em forma de broche que ficavam fixados nas roupas e precisavam ser retirados na hora do pagamento.
Com o avanço da tecnologia, elas se tornaram também uma ferramenta para a empresa fazer um melhor monitoramento das roupas e produtos, gestão de estoque e até controle de desistência dos clientes após a ida aos provadores.
Diariamente, cerca de 4 milhões de etiquetas RFID são lidas em todas as unidades da Renner no Brasil, no Uruguai e na Argentina. Em seis anos, as etiquetas geraram uma melhoria de 64% na precisão dos estoques e uma redução de 87% na ruptura de itens — quando o cliente procura por um produto, mas ele não está disponível.
“Toda essa digitalização permite não só orientar e otimizar a atuação dos times de loja no dia a dia, como também gerar dados para identificarmos oportunidades de melhoria de processos e de estratégia. É uma engrenagem com inúmeras possibilidades que gera benefícios para os clientes, para nossos colaboradores e para o negócio como um todo”, analisa a diretora.
Adoção das etiquetas
Para garantir o sucesso do projeto, Fabiana conta que a implantação das etiquetas, em 2019, teve de ser gradual. Elas primeiro foram adotadas em produtos têxteis para, em seguida, chegarem ao setor de perfumaria e cosméticos.
Fixada ao lado das peças, essas etiquetas são um pouco maiores do que as etiquetas tradicionais, têm um chip que pode ser visto a olho nu, e possuem uma identificação de RFID. Por serem mais grossas que as tags tradicionais, a Renner sugere cortá-las com tesoura para não incomodarem na hora de vestir a peça.
A boa notícia é que tecnologia avança com muita velocidade e as etiquetas tendem a ser cada vez menores e imperceptíveis. Segundo Fabiana, elas são especiais de acordo com as especificidades de cada produto e atualizadas periodicamente com chips mais atualizados e eficientes.