Veículo: Valor Econômico
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Data: 28/02/2025

Editoria: Carrefour, L-Founders
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Em ano de ‘macro’ difícil, Carrefour investe menos e quer crescer com o ‘jeito’ Atacadão

O grupo Carrefour tem o desafio de crescer neste ano explorando mais os ativos que fizeram a empresa dobrar de receita após a compra de parte do Makro e o grupo Big, entre 2020 e 2022. Uma das ações em andamento passa por implementar no Carrefour a forma de trabalhar do Atacadão, rede controlada pela empresa.

Pelo tamanho e escala do negócio hoje – são R$ 120,5 bilhões em receita bruta, quase duas vezes o Mercado Livre – pode parecer algo trivial, só que o negócio alimentar não funciona bem assim. E, a concorrência também não tem dado trégua a nenhuma rede do setor.

O fato é que ninguém compra mais arroz ou feijão se o país cresce, porque mudou de emprego ou teve aumento de salário, por exemplo. E, as margens são as mais baixas de todo o varejo, o que torna constante a busca pela venda, para diluir custos e gerar eficiência.

Em entrevista na sede da empresa, possivelmente, a última antes da provável deslistagem da empresa da B3, Stéphane Maquaire, presidente do grupo, dá o tom das medidas que vem tomando para 2025 – especialmente nas lojas mais antigas, a chamada vendas “mesmas lojas”. Essa receita cresceu 4,9% em 2024 na empresa, e no rival Assaí, subiu 3,4%.

Sobre as ações para lidar com a escalada da inflação alimentar, a empresa vem adiando, em alguns dias, os repasses de reajustes ao consumidor. O executivo diz ainda que o fechamento de capital, informado neste mês, não tem relação apenas com a desvalorização do real, apesar de entender que há o efeito positivo do câmbio.

O grupo já informou ao mercado, na semana passada, após publicação do balanço do quarto trimestre, que irá investir menos neste ano, porque deve abrir uma menor quantidade de lojas. A empresa não projeta números.