
Analistas de mercado consultados pelo Banco Central voltaram a subir a perspectiva da inflação para este ano. Já são dezenove semanas de revisão para cima das projeções de IPCA. A expectativa para o produto interno bruto (PIB) de 2025 foi mantida e para o câmbio teve uma leve queda, de 6 reais para 5,99 reais
Segundo dados compilados pelo Boletim Focus e publicados nesta segunda-feira, 24, os economistas projetam que o IPCA, índice oficial de inflação do país, feche este ano em 5,65%, ante 5,60% projetados na semana passada. A previsão é 2,65 pontos percentuais acima do centro da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional e 1,15 ponto acima do teto da meta. Para 2026, a projeção do IPCA subiu de 4,35% para 4,40%. Para 2027, a previsão foi mantida em 4%. A inflação dos alimentos tem sido uma preocupação do governo e um dos fatores responsáveis pela queda de popularidade do presidente.
Juros e PIB
Para a Selic, o mercado segue com a estimativa de 15% em 2025 e 12,50% em 2026. Para 2027 foi mantida em 10,50%. No fim de janeiro, na primeira reunião sob o comando do novo presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a Selic em 1 ponto percentual, a 13,25% ao ano, e indicou que o ciclo de aperto financeiro deve se estender pelos próximos meses. O comitê prevê mais um ajuste de 1 ponto percentual para o mês que vem e deixou a porta aberta para mais elevações.
O Focus desta semana manteve a expectativa de crescimento da economia para este ano. Pela segunda semana, o mercado projeta que a economia avance 2,01%, em 2025. A estimativa de avanço do PIB em 2026 permaneceu em 1,70% e a de 2027 foi revisada para cima: de 1,98% para 2%. A previsão para o câmbio caiu de 6 reais para 5,99 reais para o fim de 2025. Para 2026, a previsão ficou em 6 reais. Para 2027, a projeção subiu de 5,90 reais para 5,92 reais.