
Nesta semana, o Magazine Luiza (MGLU3) surpreendeu os investidores como um dos destaques positivos do Ibovespa. Na segunda-feira (17), os papéis da varejista brilharam entre as maiores altas da bolsa e subiram mais de 7% no pregão.
Além da varejista, outras ações de setores mais cíclicos, como por exemplo Localiza (RENT3) e Lojas Renner (LREN3), também se destacaram. E a razão disso se deve, sobretudo, à abertura na curva dos juros futuros (DIs).
As taxas dos DIs fecharam o dia em baixa após dados do Banco Central apontarem queda da atividade em dezembro, em mais um sinal de desaceleração econômica no Brasil.
Essa notícia contribui para as expectativas de que o BC não mantenha os juros mais altos por tanto tempo. Vale lembrar que hoje a Selic está em 13,25% ao ano e tem uma alta de 1 ponto percentual contratada para março.
Mas o desempenho das ações do Magazine Luiza não se devem apenas a essa notícia. Novas críticas de Luiza Trajano, presidente do conselho de administração da varejista, às taxas de juros também influenciaram no desempenho dos papéis.
Em um evento promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) na última sexta-feira (14), a empresária pediu ao presidente do BC, Gabriel Galípolo, que não antecipe novas altas na taxa Selic.
Vale lembrar que apertos monetários tendem a atingir em cheio as ações cíclicas, que operam com margens mais apertadas e dependem de crédito barato para crescer.