
Olhando para frente, o banco vê o real com um valuation barato, um carrego atrativo dado o elevado diferencial de juros (entre Brasil e EUA), além do aumento do carrego ajustado pela volatilidade, indicando que posições compradas no real “permanecem atraentes”.
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Além disso, mesmo com algumas mudanças, a política monetária continua como um vento favorável [para o câmbio] e deve permanecer assim enquanto os juros reais continuarem elevados.
“Mas, após um forte rali, podemos ver mais volatilidade no real ‘spot’ [à vista], especialmente à medida que o ruído fiscal aumentar no fim do mês. Além disso, o Brasil está entre os países que podem ser mais negativamente impactados pelas tarifas recíprocas dos EUA”, avalia Teresa. A estrategista segue com a recomendação de posições vendidas em euro contra o real.
Olhando o comportamento do real desde dezembro, a estrategista ressalta que a dinâmica dos prêmios de risco específicos do Brasil e os termos de troca ajudam a explicar os movimentos do real.
No fim do ano passado, as preocupações com o fiscal afetaram a moeda brasileira, enquanto a recente valorização do real neste começo de ano se relaciona a uma queda do prêmio de risco específico do Brasil, na medida em que os temores de dominância fiscal caíram, enquanto houve uma melhora nos termos de troca.
Para Teresa, há um “gap” [diferença] entre o desempenho do real e o valor apontado pelo modelo do banco como “justo” em torno de 10%. “Isso sugere que o real tem espaço para se valorizar ainda mais em relação aos fundamentos. No entanto, acreditamos que, para desbloquear essa alta de forma sustentada, é necessária uma articulação clara e um compromisso com a âncora fiscal no médio prazo”, avalia.