Em sua conta no LinkedIn, Belmiro Gomes, CEO do Assaí Atacadista, diz que a medida sugerida pelo varejo alimentar para comercializar medicamentos isentos de prescrição (MIPs) não é motivada apenas pela inflação alimentar, e a intenção é garantir ‘preço justo’ aos consumidores. “Assim como as farmácias comercializam alimentos no Brasil, o varejo alimentar também poderia vender MIPs com regulação e segurança, como ocorre globalmente”, escreveu. Representantes de farmácias e supermercados defendem suas opiniões em caminhos opostos, depois que associações de comércio e atacado levaram em novembro para o governo uma proposta para essa venda. O debate sobre esse assunto está paralisado, junto à Câmara dos Deputados, e existem 11 projetos sobre o tema na casa.

Entenda o Caso 

Em meados de janeiro, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) divulgou uma nota que mostrou suas propostas apresentadas ao governo, para enfrentar os desafios econômicos no Brasil. No texto, a entidade propôs algumas medidas e entre elas está a venda de remédios sem receita nos supermercados, como forma de reduzir os preços em 35%. No mesmo dia, a Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) demonstrou rejeição pela proposta de liberar a venda de medicamentos sem receita (MIPs) em redes de supermercados, alegando que os medicamentos isentos de prescrição são uma importante fonte de receita para o setor da farmácia, representando cerca de 30% das vendas, e o impacto econômico da medida seria grande.

Fonte: Valor Econômico