De acordo com uma perspectiva setorial, o setor imobiliário ficou em primeiro lugar, depois o setor de consumo discricionário, seguido por serviços de comunicação.
Confira as 10 principais empresas classificadas com poder de precificação:
1. WEG (WEGE3)
A WEG tem mantido margens fortes por meio da diversificação geográfica e de produtos, visando segmentos de alta demanda e tendo um modelo de negócios verticalmente integrado. Atualmente, as margens estão acima dos níveis históricos devido à forte demanda, favorecendo o poder de precificação nos segmentos de equipamentos de transmissão e distribuição.
O BBI ainda não vê nenhuma reversão de tendência na demanda pelos próximos 5 a 7 anos, permitindo que a WEG continue relatando margens fortes. Embora a empresa esteja sendo negociada com um prêmio de 25 a 30% em relação aos níveis históricos, a resiliência da margem da empresa e a exposição a segmentos de crescimento de longo prazo tornam a WEG um investimento defensivo.
2. Vivo (VIVT3) e 3. TIM (TIMS3)
O BBI destaca que Vivo e TIM continuam sendo opções de investimento atraentes devido ao seu forte crescimento de fluxo de caixa, baixa sensibilidade às flutuações do PIB, altos rendimentos de dividendos e rendimentos de fluxo de caixa, bem como suas posições de caixa líquido.
Os analistas destacam que o mercado altamente concentrado aumenta o poder de precificação dessas empresas. “Espera-se que ambas as empresas alcancem um crescimento de receita em linha com ou acima da inflação, juntamente com um capex nominal estável, levando a um baixo crescimento de fluxo de caixa de dois dígitos”, completam.
A Vivo continua sendo a principal escolha do banco devido ao seu momento operacional superior, menor exposição ao segmento pré-pago sensível a macro e ao risco reduzido associado à Nucel. Além disso, o catalisador de concessão fortalece ainda mais a posição da Vivo.
O BBI projeta um rendimento de dividendos de aproximadamente 9,0% e um rendimento de FCFE (Fluxo de Caixa Livre para o Acionista) de 11,0% para a Vivo, bem como um rendimento de dividendos de 10,0% e um rendimento de FCFE de 13,5% para a TIM.
4. BB Seguridade (BBSE3)
Em meio a um ambiente macroeconômico desafiador, o BBI avalia que a seguradora é um investimento atraente. Isso se deve principalmente à sua sensibilidade positiva às taxas de juros, com um aumento projetado de R$ 100 milhões no lucro líquido para cada aumento de 100 pontos-base na taxa Selic.
Apesar de uma desaceleração antecipada nos prêmios emitidos para 2024, a estratégia da BB Seguridade de ceder 80% de seus prêmios emitidos deve ajudar a proteger o crescimento dos prêmios ganhos para 2025. Além disso, os analistas esperam que os prêmios mantenham um ritmo constante.
O BBI ainda prevê uma taxa de perda amplamente estável para a Brasilseg, seu braço de seguros, já que a potencial normalização em sinistros rurais pode ser equilibrada por melhorias na taxa de perda do seguro de vida prestamista. Por fim, a BB Seguridade está sendo negociada a um atraente Preço/Lucro de 8,0 vezes para 2025, com um atraente dividend yield (dividendo sobre o preço da ação) de 11,0%.
5. RD Saúde (RADL3)
Os analistas comentam que as margens brutas da RD se mantêm ao longo dos anos. “Essa consistência é favorecida por negociações diretas com empresas farmacêuticas, diferentemente de pares menores que precisam depender de distribuidores”, explicam.
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Além disso, tanto o mercado quanto a RD se beneficiam de ajustes de preços de medicamentos (CMED), que normalmente são alinhados com o IPCA.
6. Azzas (AZZA3)
Azzas 2154 posicionou a maioria de seu portfólio de marcas em direção às classes de alta renda, respondendo por cerca de 80% das vendas, o que resultou em resiliência de primeira linha durante a volatilidade econômica. Essa estratégia levou a um desempenho razoável durante a crise de 2015 e 2016 e no período pós-Covid, com Arezzo&Co e Grupo Soma mantendo níveis de crescimento de dois dígitos até 2022, ao mesmo tempo em que preservavam suas margens brutas acima dos níveis do setor.
7. Totvs (TOTS3)
O BBI avalia a Totvs como beneficiária do aumento da inflação, uma vez que a empresa está preparada para lucrar tanto com o aumento das receitas quanto com margens mais altas, impulsionadas pelo ambiente inflacionário e pela disparidade entre IGPM e IPCA.
Além disso, segundo relatório, a Totvs mantém uma posição de caixa líquido e opera um negócio principal para seus clientes, o que deve protegê-la de um cenário macroeconômico mais desafiador.
8. Multiplan (MULT3) e 9. Iguatemi (IGTI11)
Apesar do ambiente macroeconômico desafiador para ações de shopping centers, tanto a Multiplan quanto a Iguatemi, como operadoras líderes no Brasil, devem navegar por esses desafios relativamente bem, na avaliação do BBI.
A Multiplan, negociando a 8,5 vezes Preço/fluxo de caixa proveniente das operações, enfrenta pressão de curto prazo de alta alavancagem, potencialmente levando a um momentum de lucro por ação (EPS) marginalmente negativo, mas permanecendo como um veículo-chave para melhorias de negociação macro. A Iguatemi, com 70% de seus resultados dos principais ativos do Brasil, oferece desempenho consistente de curto prazo e negocia a um atraente 7,0 vez Preço/fluxo de caixa proveniente das operações, embora potenciais fusões e aquisições representem alguns riscos para revisões de resultados de curto prazo.
10. Cyrela (CYRE3)
O BBI destaca que a Cyrela se consolidou como uma empresa líder no segmento de renda média a alta, entregando resultados sólidos em 2024 e mantendo um momentum positivo em 2025, tanto operacional quanto financeiramente.
Além disso, conforme o banco, a marca de baixa renda da empresa, Vivaz, teve um desempenho excepcionalmente bom e está projetada para contribuir com cerca de 30% do Valor Geral de Vendas (VGV) esperado de R$ 10 bilhões por ano em lançamentos, o que será crucial para a diversificação do portfólio e capitalização de um segmento historicamente forte. No entanto, a ação ainda é percebida principalmente como um veículo de negociação macro, levando à volatilidade esperada em meio a incertezas macroeconômicas, apesar de sua avaliação atraente de 0,7 vez Preço/Valor Patrimonial e 3,5 vezes Preço/Lucro.
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1. WEG (WEGE3)
A WEG tem mantido margens fortes por meio da diversificação geográfica e de produtos, visando segmentos de alta demanda e tendo um modelo de negócios verticalmente integrado. Atualmente, as margens estão acima dos níveis históricos devido à forte demanda, favorecendo o poder de precificação nos segmentos de equipamentos de transmissão e distribuição.
O BBI ainda não vê nenhuma reversão de tendência na demanda pelos próximos 5 a 7 anos, permitindo que a WEG continue relatando margens fortes. Embora a empresa esteja sendo negociada com um prêmio de 25 a 30% em relação aos níveis históricos, a resiliência da margem da empresa e a exposição a segmentos de crescimento de longo prazo tornam a WEG um investimento defensivo.
2. Vivo (VIVT3) e 3. TIM (TIMS3)
O BBI destaca que Vivo e TIM continuam sendo opções de investimento atraentes devido ao seu forte crescimento de fluxo de caixa, baixa sensibilidade às flutuações do PIB, altos rendimentos de dividendos e rendimentos de fluxo de caixa, bem como suas posições de caixa líquido.
Os analistas destacam que o mercado altamente concentrado aumenta o poder de precificação dessas empresas. “Espera-se que ambas as empresas alcancem um crescimento de receita em linha com ou acima da inflação, juntamente com um capex nominal estável, levando a um baixo crescimento de fluxo de caixa de dois dígitos”, completam.
A Vivo continua sendo a principal escolha do banco devido ao seu momento operacional superior, menor exposição ao segmento pré-pago sensível a macro e ao risco reduzido associado à Nucel. Além disso, o catalisador de concessão fortalece ainda mais a posição da Vivo.
O BBI projeta um rendimento de dividendos de aproximadamente 9,0% e um rendimento de FCFE (Fluxo de Caixa Livre para o Acionista) de 11,0% para a Vivo, bem como um rendimento de dividendos de 10,0% e um rendimento de FCFE de 13,5% para a TIM.
4. BB Seguridade (BBSE3)
Em meio a um ambiente macroeconômico desafiador, o BBI avalia que a seguradora é um investimento atraente. Isso se deve principalmente à sua sensibilidade positiva às taxas de juros, com um aumento projetado de R$ 100 milhões no lucro líquido para cada aumento de 100 pontos-base na taxa Selic.
Apesar de uma desaceleração antecipada nos prêmios emitidos para 2024, a estratégia da BB Seguridade de ceder 80% de seus prêmios emitidos deve ajudar a proteger o crescimento dos prêmios ganhos para 2025. Além disso, os analistas esperam que os prêmios mantenham um ritmo constante.
O BBI ainda prevê uma taxa de perda amplamente estável para a Brasilseg, seu braço de seguros, já que a potencial normalização em sinistros rurais pode ser equilibrada por melhorias na taxa de perda do seguro de vida prestamista. Por fim, a BB Seguridade está sendo negociada a um atraente Preço/Lucro de 8,0 vezes para 2025, com um atraente dividend yield (dividendo sobre o preço da ação) de 11,0%.
5. RD Saúde (RADL3)
Os analistas comentam que as margens brutas da RD se mantêm ao longo dos anos. “Essa consistência é favorecida por negociações diretas com empresas farmacêuticas, diferentemente de pares menores que precisam depender de distribuidores”, explicam.
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Além disso, tanto o mercado quanto a RD se beneficiam de ajustes de preços de medicamentos (CMED), que normalmente são alinhados com o IPCA.
6. Azzas (AZZA3)
Azzas 2154 posicionou a maioria de seu portfólio de marcas em direção às classes de alta renda, respondendo por cerca de 80% das vendas, o que resultou em resiliência de primeira linha durante a volatilidade econômica. Essa estratégia levou a um desempenho razoável durante a crise de 2015 e 2016 e no período pós-Covid, com Arezzo&Co e Grupo Soma mantendo níveis de crescimento de dois dígitos até 2022, ao mesmo tempo em que preservavam suas margens brutas acima dos níveis do setor.
7. Totvs (TOTS3)
O BBI avalia a Totvs como beneficiária do aumento da inflação, uma vez que a empresa está preparada para lucrar tanto com o aumento das receitas quanto com margens mais altas, impulsionadas pelo ambiente inflacionário e pela disparidade entre IGPM e IPCA.
Além disso, segundo relatório, a Totvs mantém uma posição de caixa líquido e opera um negócio principal para seus clientes, o que deve protegê-la de um cenário macroeconômico mais desafiador.
8. Multiplan (MULT3) e 9. Iguatemi (IGTI11)
Apesar do ambiente macroeconômico desafiador para ações de shopping centers, tanto a Multiplan quanto a Iguatemi, como operadoras líderes no Brasil, devem navegar por esses desafios relativamente bem, na avaliação do BBI.
A Multiplan, negociando a 8,5 vezes Preço/fluxo de caixa proveniente das operações, enfrenta pressão de curto prazo de alta alavancagem, potencialmente levando a um momentum de lucro por ação (EPS) marginalmente negativo, mas permanecendo como um veículo-chave para melhorias de negociação macro. A Iguatemi, com 70% de seus resultados dos principais ativos do Brasil, oferece desempenho consistente de curto prazo e negocia a um atraente 7,0 vez Preço/fluxo de caixa proveniente das operações, embora potenciais fusões e aquisições representem alguns riscos para revisões de resultados de curto prazo.
10. Cyrela (CYRE3)
O BBI destaca que a Cyrela se consolidou como uma empresa líder no segmento de renda média a alta, entregando resultados sólidos em 2024 e mantendo um momentum positivo em 2025, tanto operacional quanto financeiramente.
Além disso, conforme o banco, a marca de baixa renda da empresa, Vivaz, teve um desempenho excepcionalmente bom e está projetada para contribuir com cerca de 30% do Valor Geral de Vendas (VGV) esperado de R$ 10 bilhões por ano em lançamentos, o que será crucial para a diversificação do portfólio e capitalização de um segmento historicamente forte. No entanto, a ação ainda é percebida principalmente como um veículo de negociação macro, levando à volatilidade esperada em meio a incertezas macroeconômicas, apesar de sua avaliação atraente de 0,7 vez Preço/Valor Patrimonial e 3,5 vezes Preço/Lucro.