O Ibovespa Futuro opera com baixa nas primeiras negociações desta sexta-feira (6), em compasso de espera pelos dados de emprego dos EUA, que são cruciais para a próxima reunião do Federal Reserve (Fed), enquanto investidores locais monitoram o andamento da PEC de corte de gastos no Congresso, com atenção para a possível desidratação da proposta.
Já em Montevidéu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa de reunião de coordenação entre os presidentes do Mercosul, com declaração à imprensa prevista em seguida. No entanto, o foco estará sobre a possibilidade de anúncio do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, que deve enfrentar uma batalha tortuosa para aprovação na Europa dada a oposição da França.
Às 9h05 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em dezembro caía 0,46%, aos 127.715 pontos.
Nos EUA, o Dow Jones Futuro operava com baixa de 0,07%, S&P500 caía 0,11% e Nasdaq Futuro tinha desvalorização de 0,08%.
Ibovespa, dólar e mercado externo
O dólar à vista operava com alta de 0,05%, cotado a R$ 6,013 na compra e R$ 6,014 na venda. Na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,37%, a 6.032 pontos.
As ações no Japão, na Coreia do Sul e na Austrália caíram, enquanto as ações na China subiram, indicando que os investidores estão se posicionando à espera de novas medidas de estímulo econômico, aguardadas de uma importante reunião de política iniciada na quarta-feira.
Os mercados europeus operam em alta, enquanto os investidores da região assimilam os últimos acontecimentos políticos na França.
Após uma votação que derrubou o governo minoritário do primeiro-ministro francês Michel Barnier na noite de quarta-feira — uma moção apoiada por legisladores de esquerda e direita depois que Barnier forçou seu orçamento contestado no parlamento sem votação — o presidente do país, Emmanuel Macron, fez um discurso desafiador criticando os políticos por não pensarem “nos eleitores”. Ele insistiu que cumpriria o restante de sua presidência, o que o manteria no cargo até 2027.
Os preços do petróleo recuam com a fraca demanda em foco depois que a Organzação dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) adiou os aumentos planejados de oferta e estendeu cortes profundos na produção até o final de 2026.
As cotações do minério de ferro na China fecharam em baixa, impactadas pelos altos estoques nos portos, queda nas margens de aço e preocupações com as perspectivas de demanda por aço no próximo ano.
(Com Reuters)