Na sessão anterior…
Na última quinta-feira, 5 de dezembro, o dólar comercial (compra) fechou em queda de 0,60%, cotado a R$ 6,01.
O que influencia o dólar?
Nesta sexta-feira (6), o mercado aguarda o relatório Payroll nos EUA, com expectativa de criação de 200 mil vagas em novembro. Esse indicador deve ser o principal agente de movimentações para a cotação do dólar no dia.
Isso porque, o dado é crucial para a decisão do Federal Reserve (FED) sobre a política monetária, que pode adotar um ritmo mais lento nos cortes de juros ou até pausá-los em dezembro.
Jerome Powell destacou, na última quinta-feira (5), a resiliência econômica e a melhora no mercado de trabalho, enquanto a inflação ainda supera a meta. Atualmente, a taxa de juros dos EUA está entre 4,50% e 4,75% ao ano
Nos mercados internacionais, a aprovação de um novo pacote de armas dos EUA para Taiwan levou a China a sancionar 13 empresas militares americanas.
Já no Brasil, a aprovação de urgência para o pacote fiscal na Câmara trouxe alívio ao mercado, o que ajudou a reduzir a pressão sobre o dólar.
Entre as medidas prioritárias estão o limite de créditos tributários em caso de déficit e o ajuste de despesas relacionadas ao salário mínimo no arcabouço fiscal.
Brasil
Nesta sexta-feira (6), o mercado financeiro local observa um dos medidores da inflação divulgados pela Fundação Getúlio Vagas (FGV), o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI).
Além disso, o Banco Central (BC) informa o volume de captação da poupança em novembro.
Selic em revisão
O mercado financeiro está em uma onda de revisões para cima nas projeções para a taxa básica de juros Selic, antes da reunião do Comitê de Política Monetária (COPOM) em 11 de dezembro.
Grandes instituições como Itaú Asset, Deutsche Bank e C6 Bank elevaram suas estimativas. O Itaú Asset prevê Selic de 15% e inflação de 6% em 2025.
O Deutsche projeta um aumento de 100 pontos-base (pb) na próxima reunião, com Selic alcançando 14,5% no fim do ciclo.
Já o C6 Bank ajustou sua previsão terminal de 12,5% para 13,75%.
A frustração com o pacote fiscal e a desvalorização do real, que chegou a R$ 6, além de expectativas inflacionárias elevadas, são fatores que impulsionam essas revisões.
Nesse sentido, a mediana das projeções para a Selic no fim de 2025 é de 13,25%. A XP Investimentos estima mais aumentos no início de 2024, com a Selic chegando a 14,25%.