O valor adicionado bruto cresceu 3,1%. Em termos de impacto, 2,8 p.p se devem ao crescimento dos Serviços e 0,4 p.p ao crescimento da Indústria que juntos representam mais de 90% do indicador. Os serviços, além de ser o setor de maior peso, foi o que mais cresceu. As duas atividades de serviços com maior destaque foram as que mais cresceram em 2021, após a queda de 2020: Transportes e Outros Serviços, que inclui categorias de serviços pessoais e serviços profissionais. Foi uma continuação da retomada da demanda pelos serviços após a pandemia de COVID-19.
Consumo das famílias cresceu 4,1%
Em 2022, as despesas de consumo final, que englobam despesas de consumo das famílias, governos e instituições sem fins de lucro, cresceram 3,7%. A despesa de consumo final do governo, que engloba as despesas com bens e serviços oferecidos pelo governo à coletividade, cresceu 2,1%. Já o consumo das famílias, que representa 61,4% do PIB, cresceu 4,1%.
Se pela ótica da oferta quem puxou foi o setor de Serviços, na ótica da demanda foi o Consumo das Famílias. É importante dividir a demanda interna do setor externo, pois dos 3,0% do crescimento, 2,1 p.p. foram da demanda interna principalmente do consumo das famílias, e 0,9 p.p. da demanda externa, que também subiu, já que as exportações brasileiras de bens e serviços cresceram mais do que as importações.
Formação Bruta de Capital Fixo cresce 1,1%
A formação bruta de capital fixo (FBCF) da economia brasileira cresceu 1,1% em 2022, o segundo ano seguido de crescimento. O valor corrente da FBCF atingiu o patamar de R$ 1,8 trilhão e a taxa de investimento, que consiste na razão entre a formação bruta de capital fixo e o PIB, foi 17,8%, ficando praticamente estável em relação a 2021 (17,9%).
Reformulação da série do Sistema de Contas Nacionais
“Nesta publicação, o Sistema de Contas Nacionais terá como base os resultados do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, já que o IBGE está com o projeto de reformulação da série do Sistema de Contas Nacionais, ano base 2010 para ano base 2021. Com isso, estamos publicando as tabelas atualizadas somente até 2022, quando houver informação, e as notas técnicas”, explica Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.
A exigência de realização desse projeto leva à definição de um período de transição em que a divulgação da série mais detalhada é suspensa temporariamente. Tais resultados não incluirão, então, o detalhamento propiciado pelas Tabelas de Recursos e Usos (TRU) e pelas Contas Econômicas Integradas (CEI) publicadas anualmente. No entanto, serão mantidas as estimativas mais agregadas, publicadas com a metodologia em vigor, e divulgadas com uma especial ênfase em seu caráter preliminar que terão como base o Sistema de Contas Nacionais Trimestrais que divulga TRU 12 atividades por 12 produtos e as Contas Econômicas Trimestrais com a economia nacional agregada.