Veículo: O Globo - On-line
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Data: 04/11/2024

Editoria: Shopping Pátio Higienópolis
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Os melhores restaurantes de cozinha variada de São Paulo de 2024

ÁRABES

 

ALMANARA

Um marco da gastronomia libanesa em São Paulo, o restaurante fundado nos anos 1950 conseguiu o feito raro de se expandir pela cidade e manter o alto padrão de qualidade da cozinha. Vale uma visita à unidade da Rua Basílio da Gama, a mais antiga ainda em funcionamento, no centro de São Paulo. Encanta pela arquitetura art déco e pela decoração que inclui um painel pintado à mão do artista Túlio Costa. Somente nela é servido um rodízio árabe (R$ 119 por pessoa), que inclui couvert, salada, entradas, pratos do dia, grelhados e café. Entre as estrelas do menu estão o quibe cru (R$ 68) acompanhado de hortelã, cebola e cebolinha; o charutinho de folha de uva com recheio de arroz e carne (R$ 69,80) e o rosbife de peito de peru defumado com um toque de maionese (R$ 59,80). Uma dica certeira entre as sugestões grelhadas no espeto é o michui de peixe à taratur (R$ 69,40), que reúne filé de pirarucu cortado em cubos ao molho de gergelim. Ele vai bem com o arroz sírio (R$ 39,80), aquele misturado com macarrãozinho cabelo-de-anjo (R$ 39,80). Centro: Rua Basílio da Gama 70 (3257-7580). Seg a qui, das 11h30 às 22h30. Sex. e sáb., das 11h30 às 23h. Dom, das 11h30 às 22h. Jardins: Rua Oscar Freire 523 (3085-6916). Seg. a dom, das 11h30 às 23h. Mais dez endereços.

ARÁBIA

O que começou há quase 40 anos como uma pequena rotisseria que vendia as delícias libanesas de Leila Youssef se tornou um dos restaurantes mais tradicionais da especialidade. Desde 1992 no endereço de pé-direito alto com um belo jardim de inverno aos fundos, ali são preservados clássicos cheios de afetividade, sempre com apresentação impecável. São pedidas certeiras o quibe cru (R$ 52, o pequeno), fresco e de tempero leve, e as pastas, a exemplo do homus (R$ 40), da coalhada seca (R$ 41) e do babaganuche (R$ 40), de sabor defumado e coroado por sementes de romã. Um bom jeito de provar de tudo um pouco é pedir uma das mezzes, com várias pequenas porções servidas ao mesmo tempo. A de seis pratos (R$ 176, para dois) inclui tabule, salada fatuche, homus, coalhada, babaganuche e quibe cru. Outro clássico é o chich barack (R$ 56 a porção pequena), que consiste em uma espécie de capelete de carne cozido na coalhada, perfeito para os dias mais frios. Dos doces, o ataif lembra um pequeno crepe banhado por calda de flor de laranjeira e pode ter recheio de nozes (R$ 26) ou de uma delicada nata (R$ 25). A carta de vinhos tem espaço cativo para os rótulos que vêm do Líbano, entre eles o célebre Château Kefraya 2018 (R$ 468). Jardim Paulista: Rua Haddock Lobo 1397 (3061-2203). Seg a qui e dom, das 12h às 23h. Sex e sáb, das 12h à meia-noite.

CASA GARABED

Escondido numa ladeira residencial de Santana, na Zona Norte de São Paulo, a casa de ambientação simples preza pela rica culinária armênia desde sua fundação, em 1951. Num forno à vista da clientela, que é uma das atrações do lugar, são preparadas esfirras abertas e fechadas de sabores bem variados. Entre elas, destacam-se a de pernil de cordeiro com pinoli e hortelã (R$ 21,20); a de carne coberta com alho picado (R$ 17,20); e a de escarola refogada com anchovas importadas (R$ 21,20). O bastermá, carne bovina curada à moda armênia, pode ser provado fatiado junto com ovos fritos na manteiga e especiarias (R$ 83,80). A sugestão vem acompanhada de seis pães sírios. Outra atração é o diki kebab com mudjecteré (R$ 83,80). Nele, um espeto de filé-mignon intercalado com tomate, cebola e pimentão é preparado em forno à lenha e servido com arroz com lentilha. Santana: Rua José Margarido, 216 (2976-2750). Qua a dom, das 12h às 21h.

CHEF BENON

Na região da Vila Sônia, nas imediações do Estádio do Morumbi, o chef libanês Benon Chamilian e seu filho Antoni levam à mesa a fartura típica de sua terra natal com uma cozinha que nunca sai do prumo. Para começar, caem bem a seleção de pastas típicas (R$ 60), que reúne coalhada seca, homus, babaganuche (de berinjela) e muhamara, esta feita com pimentão vermelho, melaço de romã e nozes. No time das esfirras, vale apostar na de carne com nozes e coalhada seca (R$ 15), na de bastermá (carne curada à moda armênia) e queijo (R$ 15) e na de queijo chancliche (R$ 13), ligeiramente picante. Na lista de pratos principais figura o chich barak (R$ 60) — capeletinhos recheados de carne cozidos na coalhada quente e servidos com arroz com aletria (macarrão fino semelhante ao cabelo de anjo). A sobremesa mais pedida da casa é o malabie (R$ 30), manjar de leite com água de laranjeira, calda de damasco e amêndoas açucaradas. Vila Sônia: Rua Nilza Medeiros Martins, 21 (3739-3661/4420). Seg a sáb, 12h até 21h45. Dom, das 12h às 18h.

FARABBUD

Seja na matriz de Moema ou na filial da Vila Nova Conceição, esfirras assadas na hora fazem a alegria da clientela. Entre as abertas, vale apostar na de carne com coalhada (R$ 14) e na de escarola com mozzarella (R$ 13). Algumas podem ser pedidas também na massa folhada ou numa versão maior e de massa mais fina, chamada “esticadinha”. Depois, entregue-se aos pratos principais, como o trigo grosso com frango desfiado e carne moída (R$ 53) ou o chacrie (R$ 83), que traz capa de filé cozida na coalhada acompanhada de arroz com macarrão cabelo de anjo. A mais famosa sobremesa é o chocolamour (R$ 32), herança da família do proprietário Paulo Abbud, cujos pais e tios foram donos de duas casas árabes que deixaram saudades em São Paulo, o Bambi e o Flamingo. Trata-se de um irresistível sorvete de creme ou chocolate sob calda de chocolate quente, farofa doce secreta e chantilly. Moema: Al. dos Anapurus 1253 (5054-1648). Seg a sex, das 12h às 15h30 e das 18h30 às 22h30. Sáb e dom, das 12h às 22h30. Vila Nova Conceição: Rua Diogo Jácome 360 (3044-4358). Seg a qui, das 12h às 15h30 e das 18h30 às 22h. Sex, das 12h às 15h30 e das 18h30 às 22h30. Sáb, das 12h às 22h30. Dom, 12h às 22h.

Hommus tabule: criação do Make Hommus Not War — Foto: Talita Silveira
Hommus tabule: criação do Make Hommus Not War — Foto: Talita Silveira

MAKE HOMMUS. NOT WAR

Com longa jornada na culinária do Oriente Médio, o chef Fred Caffarena (que já teve endereços como Firin Salonu e a hamburgueria Islak) emplacou em 2020 uma marca dedicada às receitas com homus. Inicialmente um delivery, o Make Hommus. Not War ganhou uma sede com salão e mesinhas em 2022, no trecho Pinheiros da Rua Oscar Freire. Aveludada, a pasta de grão-de-bico feita na casa é uma das melhores de São Paulo e pode ser provada ali com vários acompanhamentos. Duas novas sugestões são o büryan (R$ 62), no qual é combinada com lascas de cordeiro assado no bafo, legumes na brasa e manteiga de cebola, e o festenjun (R$ 48), que traz um guisado iraniano de berinjela, nozes, melaço de romã, ervas e azeite de açafrão. Em setembro, a casa ampliou o menu, que ganhou foco nas mezzes — pequenas entradas para compartilhar. Entre elas estão a mutaba (R$ 30), um babaganuche de alho-poró servido com gergelim, azeite, ervas, pimenta e castanha-de-caju, e a merguez (R$ 35), linguiça de cordeiro no estilo marroquino acompanhada de pimenta doce na brasa com toque de mel e cominho. Pinheiros: Rua Oscar Freire 2270 (99176-5171). Ter a sex, das 12h às 15h e das 18h às 22h. Sáb, das 12h às 16h e das 19h às 22h. Dom, das 12h às 16h. Fecha um domingo por mês.

PITA KEBAB

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SAINTE MARIE GASTRONOMIA

Chef libanês conhecido pelo estiloso bigode, pelo sorriso carismático e por agradecer a clientela com um sonoro “mercizão”, Stephan Kawijian comanda um dos mais prestigiados árabes de São Paulo — que tem a particularidade de estar localizado fora do circuito, num bairro próximo ao Morumbi. Aberto somente durante o dia, o restaurante de jeitão simples encanta a clientela com delícias como as generosas esfirras de sabores singulares como bottarga (ovas de tainha; R$ 28,08), costela bovina e coalhada (R$ 20,52), linguiça merguez (R$ 18,18) e bastermá (carne curada à moda armênia; R$ 22,32). Foi ali que Stephan inventou o tão copiado quibe montado (R$ 67,23, o pequeno), uma “torre” com camadas de quibe cru, quibe assado, tabule sem trigo e coalhada, coroada por fios de cebola frita. Também fazem sucesso o delicioso arroz pilaf coberto por tentáculos de polvo e linguiça de cordeiro (R$ 104,04, o pequeno) e a mussaka de batata, berinjela, carne moída e bechamel finalizada no forno (R$ 78,48) — sempre associada à culinária grega, mas também popular em outros países do Oriente Médio. Jardim Taboão: Rua Dom João Batista da Costa 70 (3501-7552). Seg a sex, das 11h às 20h. Sáb, das 11h às 19h.

SHUK ESFIHAS

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SHUK FALAFEL & KEBABS

Disputadíssimo endereço no Baixo Pinheiros, a transada esquina comandada pelo casal Suzana Goldfarb e Mauro Brosso delicia o público com comidas de rua típicas do Oriente Médio. Pedida obrigatória entre as entradas, o sequinho e bem temperado falafel (R$ 26; 5 unidades) é certamente um dos melhores de São Paulo. Depois, escolha um dos sanduíches enrolados no pão sírio ou montados dentro do pão pita. Um dos melhores, chamado schnitzel (R$ 39), reúne peito de frango empanado, maionese de alho, salada, picles, tahine e tatabili (molho israelense de pimentão verde, alho e limão). Entre os kebabs, churrasco ao estilo turco, mire a cafta de cordeiro com especiarias (R$ 51), levemente apimentada e servida com vegetais grelhados, salsinha, molho zhoug e pão sírio. Pinheiros: Rua Ferreira de Araújo 385 (99383-8465). Seg a qua, das 12h às 15h30 e das 19h às 22h30. Qui a sáb, das 12h às 23h. Dom, das 12h às 22h.

TENDA DO NILO

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ESCANDINAVO

 

O ESCANDINAVO

Depois de viver oito anos na Noruega, a chef Denise Guerschman tornou-se uma entusiasmada embaixadora da cozinha nórdica no Brasil. É dela este raríssimo e genuíno representante dessa culinária em São Paulo. Entre as entradas, destaca-se o brunost (R$ 72), que reúne pão de centeio feito na casa e fatias deste célebre queijo marrom norueguês, que Denise define como “um casamento perfeito do doce de leite com o queijo de cabra”. Na lista de pratos, sobressai o laks kaviar (R$ 112), em queuma posta de salmão curado e defumado na casa ganha molho de champanhe com ovas de bacalhau de Noruega mais uma colherada deste caviar norueguês. Os acompanhamentos são purê de batata-doce com limão-siciliano e dill e cenoura assada com mel e amêndoas. Também faz bonito o bacon torsk (R$ 114), preparado com posta de bacalhau fresco da Islândia, molho e farofinha de bacon, purê de ervilhas e batata assada com dill. Vila Madalena: Rua Mourato Coelho 1365 (95144-4486). Qua e qui, das 19h às 22h30. Sex e sáb, das 12h às 16h e das 19h às 22h30. Dom, das 12h às 16h.

ESPANHÓIS/MEDITERRÂNEOS

 

ADEGA SANTIAGO

Traços ibéricos compõem esse restaurante tanto na decoração quanto no cardápio. A charmosa casa de esquina no qual está instalado tem um ar rústico, com madeira e janelas de vidro. Sob o comando do experiente restaurateur Ipe Moraes, o cardápio tem opções para colocar ao centro da mesa e compartilhar. Saem-se bem os frutos do mar, como as ostras frescas e carnudas de Santa Catarina (R$ 63, seis unidades), as sardinhas assadas na lenha (R$ 37, a dupla) e as versões de bacalhau — o romaneira, feito ao forno, vem acompanhado de farofa de couve e castanhas portuguesas (R$ 203). Na ala dedicada à terra, brilha um caldoso arroz de pato (R$ 130), um dos xodós dos clientes. Para acompanhar, há bons rótulos de vinho, organizados em uma carta assinada pelo sommelier Rodrigo Novaes. Os drinques recebem o selo do expert Marcelo Serrano. Jardim Paulistano: Rua Sampaio Vidal 1.072 (3081-5211). Seg a qui, das 12h às 15h e das 18h às 23h. Sáb, das 12h à meia-noite. Dom, das 12h às 22h.

CALA DEL TANIT

O mais novo restaurante do chef catalão Oscar Bosch ocupa um imóvel de esquina cuja fachada foi revestida de porcelanato cinza e painéis ripados de madeira — também utilizados na parte interna. Com piso clarinho, o salão foi decorado com mesas de madeira com um único pé, em formato de cone, e cadeiras com tecido verde-claro. Para começar, poucos resistem às croquetas de chorizo (R$ 43), servidas sobre a miniatura de um porco, feita de metal. O cardápio lista desde ceviche de vieiras (R$ 78) até papardelle com ricota defumada, gema, creme de espinafre e espuma de parmesão (R$ 69) — é o campeão de pedidos entre os pratos principais. A sobremesa de maior sucesso, de longe, é a torrija (R$ 46). Também chamada de rabanada espanhola, leva zabaione de Baileys com café e sorvete de crema catalana — o brioche é marinado por 12 horas.Itaim Bibi: Rua Pais de Araújo 147 (3167-7139). Ter a qui, das 12h às 15h30 e das 19h à meia-noite. Sex, das 12h às 16h e das 19h à meia-noite. Sáb, das 12h às 17h e das 19h à meia-noite. Dom, das 12h às 17h.

EL MERCADO IBÉRICO

O charmoso salão, que se prolonga até uma varanda repleta de verde, fica no andar de cima de um mercadinho. O endereço convida a clientela a desfrutar sem pressa de tapas. As croquetas de morcilla, que ganham cobertura de molho aïoli (R$ 40), e a tradicional tortilla espanhola (R$ 50) são campeãs de pedidos. O espeto de polvo e pancetta (R$ 70) e as ostras fritas com sobrassada e tinta de lula (R$ 70) também costumam agradar. Vale a pena guardar espaço para os pratos principais, igualmente reputados. A paella mar y montaña leva terrine de pernil, anéis de lula, camarão, mexilhão e molho (R$ 98). Já o robalo é servido com purê de cenoura e verduras (R$ 120). Para beber, a maioria dá preferência aos vinhos — os brancos em taça partem de R$ 22 e os tintos, de R$ 24. A carta de drinques é composta de clássicos como dry martini (R$ 34), manhattan (R$ 40) e tom collins (R$ 34). Bela Vista: Rua Pamplona 310 (97470-3070). Seg, das 9h às 18h. Ter a sáb, das 9h às 23h. Dom, das 12h às 18h.

HUEVOS DE ORO

O acanhado bar das sommelières Cassia Campos e Daniela Bravin resume-se à área que vai da cozinha à calçada, onde ficam as mesas mais concorridas, e ao salão no andar de cima. Tão informal quanto o outro bar da dupla, o Sede261, o Huevos de Oro aposta em tapas clássicas como pão com tomate ralado e azeite (R$ 27), vinagrete de polvo e lula (R$ 37) e mexilhões à escabeche com vinagre de jerez, cebola e páprica (R$ 29). Vale a pena provar a bomba de la barceloneta, um bolinho de batata e carne moída (R$ 21), e as croquetas de cogumelo paris, shiitake e cebola caramelada (R$ 29). Para quem busca uma refeição mais substanciosa há fideuá de frutos do mar (R$ 96), entre outros pratos. Na carta de vinhos há desde o espumante pét-nat Sin Project (R$ 205) ao tinto Cubillo, da Viña Tondonia (R$ 550). Fãs de jerez encontram uma seção com dezenas de opções. Pinheiros: Av. Pedroso de Morais 267. Ter a sáb, das 18h às 23h30. Dom, das 12h às 16h30.

TANIT

O chef catalão Oscar Bosch, radicado em São Paulo desde 2009, adora dizer que sua clientela pode gostar mais ou menos dos pratos do Tanit — mas que ninguém fica indiferente a eles. “Todos têm muita personalidade”, afirma. Todo revestido de ripas de madeira, o arrojado restaurante ajudou a popularizar na cidade três marcas registradas da culinária espanhola, o molho aïoli, as croquetas e o fideuá. A casa serve dois tipos de croquetas — de rabada (R$ 44) e jamón (R$ 42) —, além de tapas mais sofisticadas. É o caso do tartare de atum (R$ 59), servido dentro de uma massinha em formato de cone com “caviar” de shoyu e gema curada. O fideuá de camarões (R$ 98), prato que remete à paella, é um dos principais mais solicitados. Outro hit, o leitãozinho cozido em baixa temperatura, é servido com purê de cenoura queimada, versões em miniatura do mesmo legume glaceadas e farofa de alho (R$ 138). Jardins: Rua Oscar Freire 145 (3062-6385). Ter a sex, das 12h às 16h e das 19h à meia-noite. Sáb, das 12h às 17h e das 19h à meia-noite. Dom, das 12h às 17h.

TEUS

Reformada recentemente, a varanda na parte de frente concentra as mesas mais disputadas — principalmente em noites de calor. Elaborado pelo chef Chico Farah, o cardápio estimula a clientela a pedir várias entradas para compartilhá-las entre todos à mesa. Vale tanto para os croquetes de milho verde com queijo soberano (R$ 40) quanto para as lulas salteadas com emulsão de chorizo e croûtons (R$ 67). Desossado e assado, o frango caipira serve duas pessoas e vem acompanhado de agnolotti de milho verde salteado em manteiga trufada (R$ 132). Já o polvo grelhado é guarnecido de batatas ao murro e molho aïoli (R$ 135). Outro hit, o fideuá de camarão e ovas de ouriço é servido só nos finais de semana (R$ 129). Na lista de drinques autorais destaca-se o puppa jeezas (R$ 44), união de gim, licor de amêndoas, manga, abacaxi, coco e limão-siciliano. Vila Madalena: Rua Natingui, 1548 (3530-1667). Ter a qui, das 12h às 15h e das 19h às 23h. Sex, das 12h às 15h e das 19h à meia-noite. Sáb, das 12h30 à meia-noite. Dom, das 12h30 às 17h.

Torero Valese:  No espanhol do Itaim Bibi, paellas e arrozes, como o de polvo, disputam atenção no menu com a seleção de tapas — Foto: divulgação/Mario Rodrigues
Torero Valese: No espanhol do Itaim Bibi, paellas e arrozes, como o de polvo, disputam atenção no menu com a seleção de tapas — Foto: divulgação/Mario Rodrigues

TORERO VALESE

Com paredes de tijolinhos pintados de branco, piso de madeira e uma porção de plantas pendentes, o bar-restaurante do chef Juliano Valese já integra a lista de endereços clássicos da cidade — está na ativa, afinal, desde 2007. Deve boa parte da fama à seleção de tapas, a exemplo das croquetas de jamón e queijo cremoso (R$ 49) e do taco de bochecha suína, incrementado com molho aïoli, picles de rabanete, coentro e pimenta sriracha (R$ 44). Entre os pratos principais, cinco paellas disputam as atenções. A mais substanciosa mescla camarões rosa, mariscos, lula e posta de peixe fresco (R$ 149). A seção etílica do cardápio lista drinques autorais como o no és um gin tonic, união de rum, jerez, suco de limão, hortelã e água tônica (R$ 47). A versão espanhola do negroni, outro hit, junta vermute branco, cava e zest de laranja (R$ 47). Itaim Bibi: Av. Horácio Lafer 638 (3168-7917). Ter a sex, das 12h às 14h30 e das 19h às 23h. Sáb, das 12h30 às 23h. Dom , das12h30 às 17h.

GREGOS

 

ACRÓPOLIS

erdadeira instituição da cozinha grega em São Paulo, a casa fundada em 1959 é a mais antiga em funcionamento na cidade entre as representantes desta bandeira culinária. Com um salão de estilão bem simples, é tocada por Aglaia Claudia Petrakis e Niqui Zoi Petrakis, filhas do fundador, o grego Thrassyvoulos Georgios Petrakis (1918-2016), que era conhecido como “Seu Trasso” e faleceu aos 97 anos. A tradição aqui é a seguinte: o cliente vai até a cozinha para visualizar e escolher o que quer provar entre as receitas disponíveis no dia, que ficam à mostra num balcão. Entre as sugestões que caem bem como entradinhas estão a salada grega que leva alface, pepino, tomate, agrião e queijo (R$ 50), o polvo ao vinagrete (R$ 85 o pequeno; R$ 150 o grande) e o tzatziki (R$ 28), pasta feita com coalhada, pepino e ervas. Na oferta de pratos principais podem aparecer o polvo cozido ao vinho branco (R$ 110), carneiro ao forno (R$ 70) e a obrigatória mussaka (R$ 45), a “lasanha” grega de carne moída, batata e berinjelaBom Retiro: Rua da Graça 364 (3223-4386). Seg a sex, das 7h30 às 18h. Sáb e dom, das 7h30 às 18h30.

PETROS GREEK TAVERNA

Um dos novos representantes da cozinha grega em São Paulo, o simpático endereço foi criado pelos sócios Hans Agourakis Scheller (neto de gregos) e Leo Marigo. Hospedado numa esquina de Pinheiros com paredes brancas e flores emoldurando a fachada, espelha-se nas informais e acolhedoras tavernas de Atenas. Entre as entradinhas estão a salada horiatiki (R$ 44), de queijo feta, tomate, pepino, cebola-roxa, orégano e a nobre azeitona grega kalamata; e a spanakòpita (R$ 32 a porção), folhado triangular típico recheado de espinafre. Na lista de pratos principais, não perca a ótima mussaká (R$ 66), prato-símbolo da culinária grega que traz camadas entremeadas de batata, ragu de carne bovina e berinjela coroadas por molho bechamel gratinado. A mussaká é preparada também em mais duas versões — com ragu de cordeiro (R$ 78) e vegetariana (R$ 58), com abobrinha e ricota. Pinheiros: Rua Doutor Virgílio de Carvalho Pinto 137 (3898-5890). Ter a sex, das 12h às 15h e das 19h às 23h. Sáb, das 12h às 16h e das 19h às 23h. Dom, das 12h às 17h.

KOUZINA

Desde 2015, a bandeira da Grécia está hasteada na esquina da Rua Peixoto Gomide com a Alameda Lorena, nos Jardins, onde a chef Mariana Fonseca criou uma taverna típica, aberta para a rua. Entre os pratos principais, aparecem a mussaká (R$ 68), espécie de lasanha grega de berinjela e carne moída, e a tentadora lula recheada de queijo feta e espinafre (R$ 106). Orzo, na cozinha grega, é um tipo de massa em formato de arroz, que é preparada aqui com molho de tomate e camarão (R$ 74). Quem quiser provar alguma das sobremesas gregas tem à disposição a amygdalota (R$ 48), doce de amêndoas com iogurte e marmelada de figo, ou a rizogalo (R$ 32), arroz doce servido numa compota de laranja. Tradicional destilado grego conhecido pelo sabor característico de anis, o ouzo aparece em coquetéis como o egeu (R$ 44), junto com gim e limão-siciliano. A casa tem uma filial em Campinas, no shopping Galleria. Jardim Paulista: Rua Peixoto Gomide 1710 (2935-0888). Seg a qui e dom, das 12h às 23h. Sex e sáb, das 12h à meia-noite.

Petros Greek Taverna: O stifado traz carne temperada à moda grega, com especiarias, cebolas caramelizadas e grão-de-bico — Foto: Reprodução
Petros Greek Taverna: O stifado traz carne temperada à moda grega, com especiarias, cebolas caramelizadas e grão-de-bico — Foto: Reprodução

JUDAICOS

 

AK DELI

Depois de uma temporada de três anos em Lisboa, a chef Andrea Kaufmann voltou para São Paulo e inaugurou uma ótima delicatessen judaica que funciona também como restaurante, montada num imóvel cheio de alto-astral em Alto de Pinheiros. O menu combina clássicos das delis de NY — não perca o sanduíche de pastrami (R$ 62) — com receitas judaicas de influência ashkenazi, do Leste Europeu. Destaques entre as entradinhas, a borsch (R$ 38) é uma sopa fria de beterraba que vem acompanhada de latkes, panquecas fritas de batata ralada. A tentadora oferta de pratos quentes inclui o goulash de vitela (R$ 87) com spätzle e labneh (coalhada seca), o rosbife de filé-mignon ao molho de cebola caramelizada com salada de batata (R$ 71,50) e o imperdível hadoque pocheado (R$ 82). Neste último, a posta alta do peixe defumado é pocheada na panela com creme de leite e vem servida com ovo poché, aspargo, latkes e purê de maçã verde. Alto de Pinheiros: Rua dos Macunis 440 (91923-4685). Ter a sex, das 11h às 20h. Sáb, das 11h às 19h. Dom, das 11h às 16h30.

PINATI

A festejada lanchonete judaica, que funcionava em Santa Cecília, mudou-se em 2022 para o burburinho da Praça Villaboim, em Higienópolis. Fundada por Ben Zion Berlovich (1953-2021) e sua esposa Berta, o Pinati é hoje tocado pelos filhos do casal, Alon e Lior. No menu kosher, o foco é a comida de rua de Israel, com destaque para os sanduíches enrolados no pão lafa, a exemplo do shawarma de frango (R$ 52). É preparado com coxa e sobrecoxa mais tomate e pepino em cubos, cebola na chapa, homus, molho tahine, repolho e picles de pepino. Não perca os hambúrgueres de 120 gramas feitos na casa, como a tentadora versão tzibale (R$ 43), com cebola caramelizada, picles de pepino, vursht (salame bovino judaico) e maionese caseira com salsinha. Antes dos sanduíches, vale provar o sequinho e saboroso falafel (R$ 25, 8 unidades), um dos melhores de São Paulo. Fique atento: devido ao shabbat, a casa não abre na sexta à noite e no sábado o dia todo. Higienópolis: Rua Armando Álvares Penteado 56. Seg a qui, das 12h às 16h e das 18h às 22h. Sex, das 12h às 15h. Dom, das 12h às 16h e das 18h às 22h.

SHOSHANA DELISHOP

Aberto em 1991 pelo casal Shoshana e Adi Baruch (1947-2021), o histórico restaurante judaico não resistiu à pandemia em 2020, mas foi felizmente reativado por um grupo de amigos e pequenos investidores. Eles injetaram jovialidade ao lugar, renovaram o cardápio e introduziram uma esperta carta de coquetéis assinada pelo expert Gunter Sarfert. A cozinha solta boas entradinhas para abrir o apetite, como o gefilte fish (R$ 19), tradicional bolinho de peixe cozido servido com molho chreim (de beterraba e raiz-forte), que pode ser saboreado também frito (R$ 38; seis unidades). A oferta de pratos também é tentadora. Inclui a língua bovina acompanhada de vareniques (massa recheada de batata) e salada de folhas (R$ 60) e a shpondra (R$ 78), costela bovina cozida lentamente que vem escoltada por ferfel, um tipo de massa bem pequena puxada na gordura de frango com cebola frita e caldo de galinha. Para alegria dos vegetarianos, há o mamaliga, polenta cremosa romena que pode vir coberta por cogumelos confitados e ricota caseira (R$ 52). No time dos coquetéis, o mensch martini (R$ 36) é uma releitura do dry martini elaborada com vodca infusionada com azeite, gim, vermute seco e salmoura de picles. Bom Retiro: Rua Correia de Melo, 206 (3227-3665). Seg a qua, das 12h às 15h. Qui e sex, das 12h às 15h e das 18h30 às 23h. Sáb, das 12h às 23h. Dom, das 12h às 16h.

LATINOS

 

AMA.ZO

O restaurante tem duas unidades, uma em um casarão histórico cheio de verde na região central de São Paulo e outra no shopping Pátio Higienópolis, dotado de uma bonita área externa. Em ambas brilham as criações do chef limenho Enrique Paredes, que aposta em uma cozinha peruana autoral, onde explora os sabores amazônicos. No cebiche y cacau (R$ 95), o filé de peixe do dia vem com leche de tigre incrementado de mucilago de cacao e ají amarillo mais cacau 100% e formiga-limão. Outro clássico reinventado, o anticucho (R$ 85) consiste em espetos de filé-mignon no tempero anticuchero, purê de batatas, creme uchucuta e chips de batata. Entre os principais, há criações como o adobo de osobuco (R$ 110), uma panturrilha de porco em baixa temperatura no molho de adobo arequipeño com toques asiáticos, ladeado por mil-folhas de mandioquinha e arroz com leite de coco. Das sobremesas, o tres leches (R$ 52) é um típico bolo de limão embebido em molho de três leites infusionado com cardamomo, crumble de cumaru, gelato artesanal de leite, caju e pisco e finalizado com papéis crocantes de nozes. Campos Elíseos: Rua dos Guaianazes 1.149 (99560-4321). Ter, das 12h às 15h30. Qua a sex, das 12h às 15h30 e das 19h às 22h. Sáb, das 12h às 16h30 e das 19h às 22h. Dom, das 12h às 16h30. Higienópolis: Shopping Pátio Higienópolis. Av. Higienópolis 618. Seg a sex, das 12h às 15h30 e das 19h às 22h30. Sáb, das 12h às 17h e das 19h às 22h30. Dom, das 12h às 17h e das 19h às 22h.

LA PERUANA

A vibrante cozinha peruana, com suas matérias-primas tão particulares e influências japonesas e chinesas, tem neste endereço dos Jardins um de seus melhores representantes na cidade. Chef e dona do lugar, a peruana Marisabel Woodman recheou o menu com delícias típicas de sua terra-natal. Chegam do país andino, mais precisamente da região de Casma, as vieiras feitas na brasa com manteiga cítrica, chips de alho e salsinha (R$ 79; quatro unidades). Destacam-se ainda no menu os ceviches. O el campeón (R$ 99) combina peixe do dia in natura e polvo na brasa, num contraste de temperaturas, mais leche de tigre com toque de pimenta rocoto. Também entre os melhores está o ceviche nikkei de atum (R$ 74), que leva manga e pepino ao molho ponzu de laranja-baía, crocante de raiz-forte, gergelim e alga nori. Há ainda pratos principais mais elaborados, como o arroz caldoso com pato (R$ 99). Nele, fatias grelhadas de peito de pato de ponto rosado aparecem sobre arroz arbóreo cozido no próprio caldo da carne com ají mirasol, ají panca e abóbora. Jardim Paulista: Al. Campinas 1357 (5990-0623). Ter a qui, das 19 às 23h. Sex, das 12h às 15h e das 19h às 23h. Sáb, das 12h às 16h30 e das 19h às 23h. Dom, das 12h às 17h.

LOSDOS CANTINA

Leia em custo-benefício

MESCLA

O descolado restaurante do chef boliviano Checho Gonzales na Barra Funda manda bem em receitas que vão além das fronteiras da cozinha latino-americana pela qual ele ficou conhecido em São Paulo. Pode-se começar a refeição com os bolinhos de lentilha fritos (R$ 31, quatro unidades) servidos sobre molho de tomate incrementado com bacon e anchova. Outra entradinha traz lulas empanadas recheadas de presunto cru e cogumelos sobre brioche tostado (R$ 39). As tentações não param por aí. Da cozinha aberta saem pratos apetitosos a exemplo do pirarucu assado (R$ 64). O pescado de água doce é servido com virado de feijão carioca, vinagrete de feijão-preto com coentro e folhas amargas grelhadas. Também faz sucesso o arroz de camarões (R$ 68), que vem com creme de mandioca ao azeite de dendê, pimenta, cogumelos, vinagrete de lula e batata chips. Fique ligado: a casa só abre para o jantar às sextas e aos sábados. Barra Funda: Rua Sousa Lima 305 (91107-8943). Seg a qui, das 12h às 15h. Sex, das 12h às 16h e das 19h às 23h. Sáb, das 12h às 23h. Dom, das 12h às 18h.

METZI

Depois de trabalharem juntos no Cosme, em Nova York, Eduardo Ortiz e Luana Sabino inauguraram em 2020 em Pinheiros um restaurante mexicano diferente de todos os outros da cidade. No Metzi, o casal de chefs (ele, mexicano; ela, paulistana) apresenta uma cozinha mexicana de alma moderna e inventiva, que flerta com a alta gastronomia. No cardápio recentemente reformulado, as receitas autorais ganharam mais brasilidade, sobretudo no menu-degustação de oito tempos (R$ 440). Dele fazem parte agora sugestões como o bocolito (tipo de tortilha) de polvo, purê de feijão-branco, castanha de caju e cambuci; e o aguachile (uma variação de ceviche) de carambola ou acerola com fatias cruas de atum, chile mixe (pimenta seca típica da região de Oaxaca) e formiga tanajura. Quem preferir pedir à la carte encontra o mole de pimenta-de-cheiro com brócolis e couve kale (R$ 76) e as lulas servidas com salsa veracruzana (que leva beldroega, coentro e alcaparra), mozzarella de búfala e pão de fubá de milho crioulo (R$ 120). Fique ligado na carta de drinques assinada pelo bartender mexicano Allan Suarez. Uma das sugestões é o negroni & julieta (R$ 56), uma instigante versão do clássico coquetel preparada com mezcal e um toque de goiabada. Pinheiros: Rua João Moura 861 (97604-4920). Ter a qui, das 19h às 23h. Sex, das 19h às 2h. Sáb, das 12h às 15h e das 19h às 2h. Dom, das 12h às 17h.

Metzi: Mexicano de alma moderna e inventiva aposta em receitas autorais como as lulas em salsa veracruzana com mozzarella de búfala — Foto: Divulgação/Nani Rodrigues
Metzi: Mexicano de alma moderna e inventiva aposta em receitas autorais como as lulas em salsa veracruzana com mozzarella de búfala — Foto: Divulgação/Nani Rodrigues

TAQUERÍA LA SABROSA

A taquería de Hugo Delgado é um consolidado sucesso paulistano. Antes no Baixo Augusta, mudou-se em abril de 2023 para uma simpática casa avarandada em Pinheiros. Os tacos são preparados com autênticas tortilhas de milho, como o que combina carne suína ao estilo “al pastor”, chilli, abacaxi, cebola, coentro e salsa típica (R$ 29,90). Igualmente apetitosas são as quesadillas, caso da vegetariana la huerta (R$ 28,50), com cogumelos, abobrinha, batata e milho salteados, queijo derretido e saborosa salsa roja. A cozinha se sai bem também nos fartos burritos. O becerrito (R$ 48,50) combina carne, chile, frijoles, queijo, cebola caramelizada, guacamole, repolho e salsa roja. Para beber, invista nos coquetéis com tequila: o equilibrado lolita (R$ 42) leva o destilado de agave azul mais Aperol, vermute tinto Carpano Classico e água tônica. Dica: às terças, rola o Taco Tuesday, com tacos em dobro. Pinheiros: Rua Francisco Leitão 246 (2925-6189). Ter a qui, das 12h às 15h e das 18h às 23h. Sex, das 12h às 15h e das 18h à meia-noite. Sáb, das 12h à meia-noite. Dom, das 12h às 23h.

TARAZ

Uma das joias gastronômicas do badaladíssimo hotel Rosewood, o restaurante ocupa um elegante salão de pé-direito alto que se abre para um pátio repleto de centenárias oliveiras. O menu de pendor sul-americano, oferecido em porções para compartilhar, teve consultoria do chef Felipe Bronze e ganhou acréscimos da nova chef executiva do Rosewood São Paulo, Rachel Codreanschi. Entre elas estão a pescada in natura acevichada com emulsão de ají amarillo, furikake e patacones (R$ 80); o frango orgânico agridoce com arroz chaufa, quiabo tostado e salsa criolla (R$ 85) e a pancetta de porco preto ao molho de tucupi com creme de milho, tomate marinado e salada de pancs (R$ 145). Uma novidade entre as sobremesas é a banoffee (R$ 50), com banana caramelizada, in natura e em chips, sorvete de leite, chantili e caramelo toffee. Aos domingos, no almoço, a casa oferece exclusivamente um menu fechado (R$ 350) que inclui comidinhas em pequenas porções, sobremesas, drinques, vinhos e bebidas não alcoólicas. Bela Vista: Rua Itapeva, 435 (3797-0500). Ter a qui, das 12h às 15h e das 19h às 23h. Sex, das 12h às 15h e das 19h à meia-noite. Sáb, das 12h à meia-noite. Dom, das 12h às 17h e das 19h às 23h.

VARIADO

 

ARTURITO

O novo endereço do Arturito está mais leve, mais elegante e ganhou ares frescos no cardápio. Embora a chef Paola Carosella trabalhe com grandes clássicos, suas receitas têm sempre algum traço de sua assinatura e causam certa surpresa. O coquetel de camarão (R$ 92), por exemplo, é arrematado com dill e manjericão — cresce em frescor, fica mais divertido e brinca com diferentes crocâncias. Dos pratos saem-se bem o capellini à putanesca (R$ 98), com molho de tomate San Marzano, azeitonas da Ligúria e minialcaparras, com um toque de limão. Aliás, a acidez é muito presente, provocativa, equilibra os pratos e lhes rouba a monotonia. O robalo feito na frigideira com azeite de oliva e finalizado com manteiga (R$ 39) é de uma simplicidade que denuncia a qualidade dos ingredientes. Ele recebe a companhia de um molho holandês clássico, e de palmito e alho-poró feitos no forno. Vale a torta de pera com massa de amêndoas e creme inglês com cardamomo (R$ 39). Jardim Paulista: Rua Chabad 124 (95699-9330). Ter a sex, das 12h às 15h e das 19h às 23h30. Sáb, das 12h às 16h e das 19h às 23h30. Dom, das 12h às 16h30.

BISTRÔ CHARLÔ

O Charlô tem mais de 30 anos, mas não envelhece — é um bistrô moderno francês, fundado pelo chef Charlô Whately. Sua receita inaugural foi um patê de fígado de galinha com conhaque e especiarias, que trouxe de Paris, serviu aos amigos e lhe deu a fama que desaguou no restaurante. O cardápio mantém clássicos, mas incorpora novos elementos, com frescor. Uma assinatura da casa é o nhoque à carbonara (R$ 130), massa de batata caseira, com uma gema de ovo por cima, que, rompida, besunta o conjunto da obra. A galinhada caipira (R$ 135) é outro acerto, um arroz caldoso de galinha caipira, com quiabos, finalizado com ovo perfeito, farofa e especiarias. A pescada do dia recebe a companhia de legumes assados ao forno e molho de limão trufado (R$ 155). Há que atentar-se às sobremesas: merengue de morango e bolo de nozes com baba de moça, feito com farinha de amêndoas. Pinheiros: Rua Henrique Monteiro 154 (96331-5709). Seg a sex, das 12h às 15h e das 19h às 23h. Sáb, das 12h às 16h e das 19h às 23h. Dom, das 12h às 16h.

BORGO MOOCA

Território do chef Matheus Zanchini, o restaurante funcionou por três anos na Mooca antes de se transferir para Santa Cecília em 2022. De ambiente meio retrô, meio moderno — e sempre com mesas concorridas —, tem cardápio em constante mutação, onde não faltam massas artesanais e boa dose de criatividade. Alguns pratos, no entanto, são intocáveis, como o nhoque frito ao molho de natas com jerez, minilulas e bottarga (R$ 99). Outros podem ir e voltar, caso do mil-folhas à carbonara (R$ 86), que intercala camadas de batata com creme de gemas, guanciale e queijo de ovelha maturado por 10 meses. Há espaço para clássicos, como beef wellington (R$ 158), e boas sobremesas. Uma delas é a rabanada brûlée com creme inglês e sorvete de earl grey (R$ 49). No almoço de terça a sexta tem fórmula com entrada, prato e sobremesa a R$ 88.Santa Cecília: Rua Barão de Tatuí 302 (97041-7543). Seg, das 19h às 22h30. Ter a sáb, das 12h às 15h30 e das 19h às 22h30. Dom, das 12h às 17h.

CANTALOUP

Aberto há quase três décadas pelo empresário Daniel Sahagoff, o restaurante ocupa o espaço de uma antiga fábrica de pães, que depois de uma intervenção do arquiteto Arthur Casas ganhou contornos elegantes. Seja no salão de pé-direito alto ou no pátio com jardim vertical e teto retrátil, o ambiente impressiona. Quem responde pela cozinha é o chef Valdir Oliveira, que investe em um cardápio sem fronteiras. Assim, aparece tanto um camarão ao curry com arroz de jasmim ao coco e chutney de manga (R$ 196) como o clássico confit de pato com aligot e minilegumes (R$ 212). Quem chega para o almoço na semana, encontra menu executivo com entrada, principal e sobremesa a R$ 138. Às quartas e aos sábados, também é opção a feijoada (R$ 128 a individual). Completa o programa o bom serviço de vinhos, com uma carta que contempla rótulos de treze países. Itaim Bibi: Rua Manoel Guedes 474 (3165-3445). Seg a qui, das 12h às 15h e das 19h às 23h30. Sex, das 12h às 15h e das 19h à meia-noite. Sáb, das 12h às 16h e das 19h à meia-noite. Dom, das 12h às 16h30.

CARLOTA

Em um casarão em Higienópolis, o restaurante é comandado há quase 30 anos por Carla Pernambuco, que traz à mesa sua cozinha criativa e afetuosa. Inquieta e atenta às tendências, a chef faz do Carlota um mix de bistrô de bairro e cozinha de avó, unindo tradição e inovação com maestria. O cardápio, que se renova com frequência, reflete essa constante busca por novas combinações e sabores. Entre os clássicos do menu, costumam figurar o bao de costelinha (R$ 60), assada por cinco horas e servida com molho asiático encorpado; o suculento filé wellington (R$ 139), acompanhado de risoto de queijo coalho e molho poivre; e a estrela das sobremesas, o original suflê de goiabada (R$ 45), feito com goiabada cascão orgânica e finalizado com coulis de requeijão. Para acompanhar, o tropical mule (R$ 50), drinque de brandy Alexandrion, uísque Jack Daniel’s, licor de melão e soda artesanal de tangerina com espuma de maracujá.Higienópolis: Rua Sergipe 753 (98225-6030). Ter a sex, das 12h às 16h e das 19h às 23h. Sáb, das 12h às 17h e das 19h30 às 23h30. Dom, das 12h às 17h.

A CASA DE ANTÔNIA

Instalado hoje no Conjunto Nacional, no espaço que antes era ocupado pelo extinto café da Livraria Cultura, o restaurante da chef Andrea Vieira funcionou por dois anos em Curitiba antes de se transferir para a capital paulista. Aberto o dia todo com opções que vão do café da manhã ao jantar, tem uma vitrine dedicada às tortas, especialidade de Andrea. A tarte tatin de tomates (R$ 45), com cebola caramelizada e azeitonas, é servida com creme de queijo de cabra e manjericão. Já a de bobó de camarão (R$ 59) é coberta de farofa de dendê e fitas de coco. Para fomes maiores, a dica é um dos pratos, como a língua bovina cozida no vinho tinto com legumes e servida com batatas (R$ 67) ou o camarão thai com banana-da-terra, pupunha, acelga e quiabo, acompanhado de arroz jasmim (R$ 95). Sanduíches, toasts, pães, bolos e combos de brunch e chá da tarde completam o menu, assim como drinques pensados para a happy hour — o cecília (R$ 42) mistura gim, xarope de framboesa, limão-siciliano e tônica de gengibre. Bela Vista: Av. Paulista 2073 (93952-5565). Seg a qua, das 9h às 22h. Qui a sáb, das 9h às 23h. Dom, das 10h às 20h.

CHEZ CLAUDE

Em setembro de 2020, Claude Troisgros abriu no Itaim Bibi uma filial do Chez Claude, cuja matriz opera desde 2017 no Rio. Da cozinha aberta para o salão, sob responsabilidade do chef-executivo Fabio Guimarães, o Pinda, saem pedidas apuradas, caso das vieiras laminadas com caviar, chuchu e mel de jataí (R$ 84), que faz as vezes de entrada. O peixe com banana (R$ 162), acompanhado de purê de batata-baroa, é um dos destaques entre os principais, assim como a lula recheada de caranguejo catado com gnocchetti sardo (R$ 145). Para além das receitas do mar, Claude propõe carnes como a costela braseada por cinco horas com aligot e picles de jiló (R$ 158). E os vegetarianos são contemplados com receitas como o nhoque gratinado com cogumelos e azeite de trufas (R$ 108). O restaurante integra o complexo Le Quartier, do qual também faz parte o Bistrot du Quartier. Itaim Bibi: Rua Professor Tamandaré Toledo 25 (3071-4228). Seg a sex, das 12h às 15h30 e das 19h à meia-noite. Sáb, das 12h às 17h e das 19h à meia-noite. Dom, das 12h às 18h.

ENOTECA SAINT VINSAINT

Com atmosfera de bistrô, a casa pertence à sommelière Lis Cereja e é uma das pioneiras no movimento dos vinhos naturais, orgânicos e biodinâmicos no Brasil. Funcionando também como loja, dispõe de mais de 400 rótulos da bebida, além de cervejas selvagens, pét-nats de frutos nativos e destilados naturais. A cozinha segue essa tendência, e trabalha com insumos provenientes de hortas orgânicas próprias ou de pequenos produtores ao redor do estado, sempre com respeito à sazonalidade. Há opções como o mil-folhas de mandioca pubada, bernaise de tucupi, cinzas de cebola (R$ 35), que figura entre as entradas, assim como o crudo de pescado curado com leche de tigre e mostarda fermentada (R$ 64). Na sequência, pode aparecer um arroz de jabuticaba com queijo cremoso, picles de amora, flor de borago (R$ 63). Há ainda menus harmonizados, com pratos elaborados de acordo com a disponibilidade de ingredientes, preferências e restrições alimentares. A versão de quatro tempos custa R$ 459 por pessoa e a de seis sai por R$ 569. Aos sábados, a casa abre para brunch e almoço com pedidas à la carte como os ovos mexidos com nuvem de queijo, brotos e pão de fermentação natural (R$ 39). Vila Nova Conceição: Rua Professor Atílio Innocenti 811 (3846-0384). Seg a sex, das 19h à meia-noite. Sáb, das 11h às 16h e das 19h30 à meia-noite.

ESTHER ROOFTOP

O cozinheiro-padeiro-celebridade Olivier Anquier deixou a sociedade em agosto de 2024. Agora, o restaurante instalado na cobertura do icônico Edifício Esther, na República, pertence apenas ao seu antigo parceiro no negócio, o também chef francês Benoît Mathurin. O cardápio, que deve ganhar novas pedidas em breve, preserva clássicos como a terrine “do meu avô” (R$ 69), feita com um mix de carne suína, e o apanhado de mexilhões cozidos no caldo de jerez, salsão e tomilho, perfeito para molhar o pãozinho (R$ 72). Dos principais, a bochecha confitada no roti de mel e alecrim vem com cuscuz e cenouras caramelizadas (R$ 104) e o arroz de polvo (R$ 125) é feito com arroz de altitude da Serra da Mantiqueira cozido no caldo do próprio molusco, mais tentáculos grelhados, tomate-cereja confitado e pó de azeitona. Também tem sempre um prato vegano sazonal, que muda de acordo com os ingredientes disponíveis (R$ 80). De apresentação moderna, a neo pavlova (R$ 42) traz a clássica sobremesa em uma versão feita à base de creme aveludado de coalhada, pingos de curd de framboesa, crumble e coulis de frutas vermelhas, tudo finalizado com uma tuile crocante de suspiro. República: Rua Basílio da Gama 29 (3256-1009). Seg a qui, das 12h às 15h e das 18h às 23h. Sex, das 12h às 15h e das 18h à meia-noite. Sáb, das 12h à meia-noite. Dom, das 12h às 17h.

A FIGUEIRA RUBAIYAT

Não é exagero dizer que o restaurante foi alçado a ponto turístico da cidade, sempre com gente procurando o melhor ângulo para se fotografar diante da frondosa figueira sob a qual se espalha parte das mesas. Fundado em 2001 pelo restaurateur Belarmino Iglesias, o endereço aposta em um menu variado de acento mediterrâneo, que transparece em pratos como o polvo aplastado com batata ao murro, tapenade, rúcula e páprica picante (R$ 230). Das carnes, pelas quais o grupo Rubaiyat é reconhecido, o bife de chorizo (R$ 184) pode ter acompanhamentos como batata soufflé (R$ 41) e farofa de ovos (R$ 41). Antes, vale pedir o steak tartare cortado à faca com sorvete de mostarda e chips de batata (R$ 82) e, para adoçar, a ótima crema catalana (R$ 36) — versão espanhola do creme brûlée. Ajudam a amenizar a recorrente espera por um lugar as boas opções do bar como a cajuína (R$ 60), uma caipirinha feita de cachaça Pindorama Branca, caju, limão-siciliano, pimenta Tabasco e xarope simples. Em 2022, foi inaugurado em um espaço anexo o Empório Figueira, com produtos importados e de produção própria. Jardim Paulista: Rua Haddock Lobo 1738 (3087-1399). Dom a qui, das 12h às 23h. Sex e sáb, das 12h à meia-noite.

HOSPEDARIA

Nascida na Mooca, onde ocupa um antigo galpão que preserva a atmosfera industrial, a casa ganhou em meados de 2022 uma segunda unidade, no Itaim Bibi. Em ambas, o chef Fellipe Zanuto aposta em uma cozinha afetiva, inspirada nas receitas que os primeiros imigrantes italianos desenvolveram por aqui. É o caso do lagarto da vó terna (R$ 42), onde a carne cortada em cubos é marinada por 48 horas antes de ser assada em baixa temperatura para ser servida na companhia de pãozinho com manteiga na grelha. Dos pratos principais, o risoto imigrante (R$ 72) virou marca registrada do endereço, e traz o arroz agulhinha puxado com creme de abóbora, porchetta, ervilha fresca e queijo mozzarella, tudo finalizado com vinagrete de camarão e ervas. Outros pratos de sucesso por ali são a milanesa de angus (R$ 69), servida com maionese de batata e salada de agrião, e o macarrão à bolonhesa (R$ 68), que passa pelo forno à lenha. No almoço de segunda a sexta, uma opção é o rango de funça (R$ 42), no qual cada dia da semana é um prato diferente: às segundas tem picadinho e às quartas, feijoada. Para encerrar, o bolo gelado de coco (R$ 22) vem embrulhado no papel alumínio, como manda a tradição. Mooca: Rua Borges de Figueiredo 82 (2291-5629). Seg, das 12h às 15h. Ter a qui, das 12h às 15h e das 18h às 22h. Sex e sáb, das 12h às 22h30. Dom das 12h às 17h. Itaim Bibi: Rua Clodomiro Amazonas 216 (3168-7291). Seg, das 12h às 15h. Ter a qui, das 12h às 15h e das 17h às 22h. Sex e sáb, das 12h às 22h30. Dom, das 12h às 17h.

JOSEFA NO PARAÍSO

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JUST A BITE

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MANIOCA

Instalado num ambiente sui generis no Iguatemi, que o aparta do shopping e lhe dá ares de fazenda, o Manioca tem cardápio de Helena Rizzo, muito bem orquestrado pela chef Thaís Alves. São pratos como o peixe na folha de bananeira com purê de banana-da-terra, salada de feijão-manteiguinha e farofa de castanha-do-pará (R$ 132). Vale a pena provar o matambre de porco (parte da costela suína, popular no sul do país), servido com pamonha recheada com requeijão de corte e salada de erva-doce com maçã verde (R$ 93). A salada de tomate (R$ 74) combina tomatinhos defumados a frio com lenha de árvores frutíferas, mix de folhas, mozzarella de búfala, manjericão e avelã. Na ala das sobremesas, é delicado o sagu com infusão de capim-limão e abacaxi com sorbet de coco (R$ 38). O Manioca tem outras duas unidades, uma na rua da Mata, e outra no shopping JK Iguatemi. Jardim Paulista: Shopping Iguatemi. Av. Brigadeiro Faria Lima, 2.232 (99724-7719). Seg a qui, das 11h30 às 15h30 e das 18h às 22h30. Sex, das 11h30 às 16h e das 18h30 às 23h. Sáb, das 12h às 23h. Dom, das 12h às 21h. Itaim Bibi: Rua da Mata 212 (97473-8994). Ter a sex, das 12h às 15h e das 19hàs 23h. Sáb, das 13h às 16h e das 19h às 23h. Dom, das 12h às 17h. Mais um endereço.

MARCHA E SAI

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MESTIÇO

É com um pé na Tailândia e outro na Bahia, sua terra natal, que a chef Ina de Abreu toca esse endereço desde 1997. Assim, como entrada, é possível escolher entre o krathong-thong (R$ 63), que consiste em cestinhas de massa crocante recheadas com frango, milho e especiarias, e a porção de dourados acarajés (R$ 80). Com passagem por Londres, Nova York e Los Angeles, Ina prepara outras pedidas com igual riqueza de sabores, caso do ko phai (R$ 140), cujos cubos de peixe namorado vêm em um aromático curry vermelho com aspargos, leite de coco e especiarias. Há espaço para grelhados como o paulista (R$ 150), um bife de chorizo com palmito pupunha à parmegiana, arroz, fritas ou saladinha. Por ali, os iogurtes “frozen” ainda resistem entre as sobremesas, como na taça em que vem com salada de frutas e castanhas (R$ 43). Consolação: Rua Fernando de Albuquerque 277 (3256-3165). Dom e seg, das 12h às 23h. Ter a qui, das 12h à meia-noite. Sex e sáb das 12h à 1h.

Nomo:  Um hit local, as manjubinhas em azeite de salsão com purê de wasabi podem abrir os caminhos neste restaurante moderninho — Foto: Reprodução
Nomo: Um hit local, as manjubinhas em azeite de salsão com purê de wasabi podem abrir os caminhos neste restaurante moderninho — Foto: Reprodução

NOMO

Esse restaurante moderninho é um negócio tocado a quatro mãos pelo casal Patrícia Werneck e Nando Carneiro. Enquanto ela cuida do salão e do serviço de vinhos, ele fica à frente da cozinha. Natural de Resende, no Rio, Carneiro aposta em um cardápio enxuto, com pratos nos quais ingredientes simples são transformados em composições bem elaboradas e cheias de sabor, muitas delas veganas. São bons exemplo o repolho com alface romana na brasa, muhammara (pasta de pimentão), caramelo de romã, avelãs e pistache (R$ 48) — que fica no meio do caminho entre um prato e uma salada — e o curry verde de chuchu com arroz jasmim e uvas tostadas (R$ 65). Para os carnívoros, uma possibilidade é o cupim casqueirado (R$ 110), que vai à mesa com uma camada tostada de grelha ao lado de musseline de batata, alho frito e pinoli. Precedem os pratos as manjubinhas em azeite de salsão e alga kombu com purê de wasabi e rabanete (R$ 45). E, na sobremesa, tem creme de pudim com banana, massa filo e nibs (R$ 39). Vila Madalena: Rua Harmonia, 815. Qua e qui, das 19h às 23h. Sex e sáb, das 12h às 16h e das 19h às 23h.

NOU

Foi um dos primeiros restaurantes a aportar na hoje disputada Rua Ferreira de Araújo, o que ajudou a consolidar o Baixo Pinheiros como destino gastronômico. De lá pra cá, ganhou outras duas unidades onde a fórmula é a mesma: salão moderninho e cardápio democrático, com opções tanto para um almoço durante a semana como para um jantar a dois. Entre as sugestões de entrada está a porção de bruschettas (R$ 42), com seis unidades de versões como cogumelos trufados e tomates marinados com gruyère. Ela pode ser sucedida do filé à milanesa (R$ 82), no menu desde a inauguração e que vem guarnecido de risoto de limão-siciliano. Quem procura frutos do mar, encontra como opção o polvo grelhado (R$ 119), servido junto de batatinhas assadas, ervilha torta e sugo de tomate com linguiça artesanal. Já entre as massas, o ravióli de gorgonzola (R$ 70) é acrescido de castanhas e redução de balsâmico e amora. O bolo de pera vegano (R$ 23) agrada mesmo quem não tem restrições alimentares, e vem junto de sorvete de banana e Cointreau.Higienópolis: Rua Armando Alvares Penteado 12 (3562-8003). Dom a qui, das 12h às 23h. Sex e sáb, das 12h à meia-noite. Pinheiros: Rua Ferreira de Araújo 419 (2609-6939). Dom a qui, das 12h às 23h. Sex e sáb, das 12h à meia-noite. Mais um endereço.

RÁSCAL

No coração de São Paulo, a rede de restaurantes celebra 30 anos de história. Sob o comando da chef-executiva Nadia Pizzo, natural da Ligúria, a casa é conhecida por seu bufê variado, de sotaque italiano, com cerca de 20 pratos frios todos os dias, e uma seleção de receitas quentes que mudam constantemente. Entre as sugestões, destacam-se o atum em crosta de gergelim, o ravióli recheado com mozzarella e o polpettone recheado, além da famosa torta de maçã. Nas unidades Itaim Bibi, JK Iguatemi e Iguatemi, o bufê custa R$ 118 (domingo no jantar a sexta no almoço) ou R$ 129 (sexta no jantar a domingo no almoço e feriados). A nova carta de drinques, criada pelo bartender Gabriel Szklo, inclui opções refrescantes, como a caipirinha de caju, maracujá e tomilho (R$ 34 com cachaça) e o pitaya spritz, com licor de ervas, espumante e a fruta (R$ 39). Cerqueira César: Rua Augusta 1835. Seg a sex, das 12h às 15h30 e das 19h às 22h. Sáb, dom e feriados das 12h às 17h e das 19h às 22h. Itaim Bibi: Rua Leopoldo Couto Magalhães Júnior 831. Seg a sex, das 11h30 às 15h30 e das 19h às 22h. Sáb, dom e feriados das 12h às 17h e das 19h às 22h. Mais oito endereços.

REFÚGIO

Aninhado no subsolo da loja de vinhos Casa do Porto, o restaurante mira em uma cozinha afetiva, que aponta para o interior sem deixar de lado as referências internacionais. Ainda que a chef gaúcha Carol Albuquerque já não faça mais parte do negócio, suas criações continuam brilhando por lá. Muitas delas são preparadas no fogão a lenha, como a paleta de cordeiro desossada, finalizada com pimentão vermelho assado e tomate-cereja. Servida na companhia de canjiquinha de milho crioulo com queijo Cuesta Azul, a pedida custa R$ 116. Outra sugestão é o magret de pato grelhado (R$ 124), que ganha a companhia de batata dourada na gordura da ave e temperada com páprica. Recomenda-se, antes, explorar a seção de entradas, onde está o caldinho de siri valorizado por leite de coco e azeite de dendê (R$ 39). No desfecho, não deixe de provar a ambrosia feita no fogão a lenha com leite cru e ovos caipiras e servida com sorvete de laranja confit e especiarias (R$ 29). A ótima seleção de charcutaria artesanal, parte dela produzida na Serra da Bocaina, também faz ótima companhia a um dos mais de 140 rótulos de vinhos da carta. Jardim Paulista: Al. Franca, 1225. Seg a qui, das 12h às 15h e das 19h à meia-noite. Sex e sáb, das 12h à meia-noite. Dom, das 12h às 18h.

SKYE

O restaurante funciona no último dos oito andares do modernoso Hotel Unique, e a vista do skyline da cidade é o enquadramento perfeito para experimentar os pratos que levam a assinatura do chef Emmanuel Bassoleil. Variadíssimo, o menu sempre em mutação contempla clássicos franceses, receitas italianas e até sushis, sempre com uma pegada autoral. Comece pela terrine de pato com laranja, acompanhada de saladinha de vagem francesa, avelã, crouton, champignon, cebola roxa e laranja (R$ 85). Quem procura uma pedida vegana, encontra o fake tartare (R$ 69), feito de cenoura e beterraba defumadas com picles e emulsão de leite de amêndoas. O prato-assinatura do lugar é o robalo vapor (R$ 176), que traz o pescado cheio de delicadeza junto de creme de champanhe, purê de inhame e caviar mujol. Outro acerto é o salmão no tucupi com jambu, purê de castanha-do-pará e farinha Uarini (R$ 128). Antes de ir embora, recomenda–se pedir o café gourmand (R$ 58), um expresso servido junto de quatro docinhos para acompanhar: crème brûlée de cardamomo, pudim macchiato, baklava e macaron de chocolate. Jardim Paulista: Av. Brigadeiro Luís Antônio 4.700 (3055-4700). Seg a sex, das 12h às 15h30 e das 18h à meia-noite e meia. Sáb, das 13h ás 15h30 e das 18h à meia-noite e meia. Dom, das 13h às 15h30 e das 18h às 23h30.

SPOT

Entra ano, sai ano, e a casa fundada trinta anos atrás pertinho da Av. Paulista segue como um dos pontos mais badalados da cidade. Com uma segunda unidade no Shopping JK Iguatemi, seu salão cheio de sofazinhos vermelhos está sempre lotado de artistas e modernos, e há quem apareça por ali apenas para bebericar um drinque no bar instalado logo na entrada. A cozinha segue a mesma fórmula desde a abertura, com receitas despretensiosas e bem executadas. Algumas já são clássicas do endereço, como o penne com molho de creme de leite, melão e presunto cru (R$ 105). Outra pedida, a salada niçoise (R$ 98) é composta de atum grelhado, batatas, mix de folhas, vagens, tomatinhos, ovo e azeitonas. O cardápio tem lugar ainda para trivialidades como o picadinho acompanhado de arroz, feijão, farofa, banana-da-terra e ovo frito (R$ 88) e o spotburger (R$ 88), um hambúrguer com cheddar, bacon, molho béarnaise e fritas ou salada para acompanhar. Na sobremesa, faz bonito o suflê de doce de leite com sorvete de… doce de leite (R$ 46). Cerqueira César: Al. Ministro Rocha Azevedo 72 (3283-0946). Seg a qua, das 12h às 15h e das 18h30 às 23h. Qui e sex, das 12h às 15h e das 18h30 à meia-noite. Sáb, das 12h à meia-noite. Dom, das 12h às 23h. Vila Olimpia: Shopping JK Iguatemi. Av. Presidente Juscelino Kubitschek, 2.041 (3079-3448). Seg a qua, das 12h às 15h e das 18h30 às 23h. Qui e sex, das 12h às 15h e das 18h30 à meia-noite. Sáb, das 12h à meia-noite. Dom, das 12h às 23h.

TABOA

Taboa é uma planta alimentícia não convencional, que dá no mundo todo, cuja fibra é usada para artesanato. Seu nome batiza este restaurante, que nasceu com entregas sob encomenda na pandemia. A chef Carla Costa, que fazia os preparos e os entregava pessoalmente, agora opera em ponto aberto ao público. Ela acumulou conhecimentos da cozinha com a chef Mara Salles, do Tordesilhas, e hoje propõe um cardápio fresco, leve e despretensioso, que respeita a sazonalidade dos ingredientes, cuidadosamente garimpados em mercados de orgânicos. De veio mineiro, pode-se provar uma costelinha de porco com tutu de feijão e couve tostada (R$ 84). Os crudos também saem-se bem: o de atum regado com tomatinhos grape batidos no liquidificador com sal, pimenta e gelo, é incrementado com alcaparras, chips de batata e brotinhos (R$ 86) — o peixe pode mudar de acordo com a disponibilidade. A torta de maçã virou marca carimbada. As frutas, laminadas em finas fatias, são temperadas com açúcar mascavo, limão e cardamomo (R$ 35). Vila Madalena: Rua Medeiros de Albuquerque 313 (93723-1047). Qua a sex, das 12h às 15h. Sáb e dom, das 12h às 16h30.

TONTON

Este bistrô abrasileirado completou dez anos em plena forma, com frescor e padrão. Em um ambiente descontraído, que atrai uma clientela fiel, Gustavo Rozzino serve um cardápio descomplicado, executado com ingredientes de alta qualidade e técnicas apuradas. Sua moqueca, por exemplo, resulta mais leve. Peixe e camarões grelhados recebem o molho da moqueca, enriquecido com pimentões sem pele e sem semente, dendê, leite de coco, gengibre e uma pasta de curry, que dá outra camada de sabor. Chega à mesa na companhia de farofa de beiju, banana grelhada e arroz basmati, mais perfumado e alongado (R$ 97). Também brilha, sempre rosado, o tournedo de boeuf, um mignon alto grelhado servido com tomate assado, cogumelos sauteé, béarnaise e fritas bem fininhas e crocantes (R$ 109) — é um xodó do público habitué. Para adoçar, o bolo de figo turco é um deleite (R$ 31). Feito com açúcar mascavo, é incrementado com calda toffee e sorvete de nata. Jardim Paulista: Rua Caconde 132 (2597-6168). Ter a sex, das 12h às 15h e das 19h30 às 23h. Sáb, das 12h30 às 16h e das 19h30 às 23h30. Dom, das 12h30 às 16h30.

VIRADO SPBoa novidade na região do Arouche, o restaurante está instalado no térreo do Hotel San Raphael. O salão de atmosfera retrô tem mobiliário com cara de antiguinho e grandes luminárias pendentes, e a atmosfera de bar é reforçada pelo longo balcão. É dali que saem drinques como o salt hit (R$ 30), de vodca, azeitona siciliana, pepino, xarope de açúcar e suco de limão. Com passagens pelo Maní e pelo Taraz, o jovem chef Benê Souza, que assina o pequeno compêndio de receitas, acaba de deixar a casa. Por ora, elas seguem em cartaz: de entrada, a beterraba tostada vem com pistache caramelizado, iogurte, hortelã, jalapeño e alho-poró (R$ 36). Na sequência, difícil escolher entre o shoulder de wagyu com molho béarnaise e fritas (R$ 75) e o arroz de lula valorizado por pimenta-de-cheiro e coentro (R$ 62). Servido com creme inglês e mel, o bolo de chocolate (R$ 22) é um belo desfecho. República: Largo do Arouche 130 (3334-6100). Ter a sex, das 12h às 15h30 e das 18h30 às 23h. Sáb, das 12h às 23h. Dom. das 12h às 17h.

VISTA IBIRAPUERA

No alto do Museu de Arte Contemporânea (MAC-USP), a casa sob o comando do chef carioca Pedro Oliveira leva à mesa a rica diversidade da culinária brasileira. Desde sua inauguração em 2018, o restaurante traduz a identidade do país por meio de ingredientes das cinco regiões, apresentando um cardápio que reflete as tradições locais. Entre as opções, destacam-se os quiabos grelhados (R$ 38), que encantam pelo sabor e leve acidez do molho de missô; a suculenta carne-de sol de angus (R$ 119), servida com terrine de mandioca e salada fria de feijão-manteiguinha; e o arroz de frutos do mar (R$ 129), que combina camarões, mexilhões, vieiras e polvo em um caldo saboroso. O Vista Balcão, anexo ao restaurante, é comandado pelo premiado bartender Jairo Gama, que assina drinques autorais. Aos sábados, a feijoada do chef é acompanhada pelo chorinho do grupo Quarteto em Dó Machado, e os domingos são reservados ao almoço de frutos do mar, embalado pela roda de samba feminina Sambalaio. Vila Mariana: Av. Pedro Álvares Cabral 1.301 (2658-3188). Ter a sáb, das 12h às 16h e das 19h às 23h. Dom, das 12h às 17h.