Veículo: Valor Econômico
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Data: 04/10/2024

Editoria: L-Founders
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Manhã no mercado: Dados de emprego nos EUA concentram as atenções

Após as tensões no Oriente Médio terem intensificado o ajuste de posições nas vésperas da divulgação dos dados de emprego nos Estados Unidos, hoje a dinâmica pode ser diferente dependendo do que vier a ser apresentado pelos números de geração de vagas, rendimentos salariais e taxa de desemprego do “payroll”. O relatório de empregos dos Estados Unidos de setembro deve ser o principal orientador dos mercados globais, ainda que a questão geopolítica também possa dar gatilhos para os ativos. Pela manhã, o petróleo estendia sua valorização e os preços dos contratos futuros mais líquidos da commodity avançavam quase 1,5%.

Já no começo da sessão, os dados de emprego nos EUA devem ser apresentados pelo Escritório de Estatísticas do Trabalho (BLS, na sigla em inglês). Economistas consultados pelo The Wall Street Journal projetam uma geração de 150 mil postos em setembro, enquanto a perspectiva é que a taxa de desemprego tenha permanecido em 4,2%, e os ganhos salariais avançado 0,3% na relação mês a mês.

Com a inflação se comportando bem e mostrando perda de ritmo, é principalmente o mercado de trabalho que vem sendo monitorado pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Daí a importância do dado de hoje. Números acima do esperado, mostrando uma geração ainda forte de vagas, podem levar cautela ao processo de flexibilização monetária, o que tenderia a pesar nos mercados globais, principalmente nos emergentes, que são vistos como ativos de risco. Por outro lado, números abaixo do esperado podem dar margem para que os investidores esperem cortes mais agressivos nas taxas de juros. Agora se os números vierem muito abaixo do esperado, a preocupação com uma desaceleração rápida pode preocupar e alimentar o temor de uma recessão.

No Brasil, a agenda está mais vazia nesta sexta-feira, com destaque apenas para os encontros trimestrais dos economistas com diretores do Banco Central. No noticiário, os agentes acompanham a decisão do governo em instituir a taxação mínima de 15% sobre multinacionais estrangeiras. A regra entra em vigor a partir de janeiro de 2025.

Por volta da 8h, as bolsas globais mostravam algum otimismo, com os futuros de Wall Street em alta, assim como as referências acionárias europeias. O rendimento do título do Tesouro americano de dez anos avançava de 3,852% para 3,864%, enquanto o dólar seguia sem uma única direção, mas com o DXY, que compara o dólar a uma cesta de outras seis divisas desenvolvidas) em queda de 0,13%, aos 101,858 pontos.