Veículo: Revista Quem
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Data: 28/09/2024

Editoria: Shopping Pátio Higienópolis
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Adriana Birolli fala sobre dificuldade em dizer ‘não’: “Um processo diário”

Adriana Birolli tem trabalhado o ato de dar negativas sem culpa ao interpretar na comédia NÃO!, em cartaz no Teatro Uol, em São Paulo, até 1º de dezembro, uma mulher que faz terapia há 18 anos para aprender a dizer não. Em conversa com a Quem, a atriz, de 37 anos, conta como foi o processo para criar a personagem, fala dos benefícios de não tentar agradar sempre aos outros e de como tem sido impactada por esse trabalho.

O que mais te atraiu neste espetáculo?
O tema! Nunca vi uma obra cultural especificamente com esse tema. E é um assunto tão importante, que afeta tanto as nossas vidas. Quanto mais faço essa peça, mais dá vontade de fazer. Recebo feedback pelas redes sociais de pessoas que mudaram seus pensamentos e atitudes após assistir a comédia.

Como foi buscar o tempo de humor desta personagem?
Eu parti do princípio que a gente se diverte com a desgraça alheia… As situações em que ela se coloca e a maneira com a qual ela lida com as questões da vida dela são muito próximas da realidade de muitas pessoas. Cada plateia é completamente diferente da outra. É incrível como o espetáculo se desenvolve ao longo do tempo, o quanto amadurecemos juntos. Eu e a personagem, a comédia e a reflexão do tema.

Ela tem uma dificuldade em dizer “não”. Na sua vida teve que aprender a dizer “não” ou sempre teve facilidade com isso?
Eu diria que tenho dificuldade de dizer não para algumas coisas. Acho que estou aprendendo muito com o espetáculo! Confesso estar muito mais atenta hoje em dia à questão. É um processo diário. Que exige equilíbrio e bom senso de si mesmo.

Quais os benefícios que saber dizer “não” trouxe para a sua vida?
Respeitar os meus limites principalmente. Entender quando dizer não pode melhorar muito nossa qualidade de vida, nossas culpas, nossa maneira de ver o outro.

Para o que você diz “não” hoje na carreira?
Digo não ao antigo “estrelismo” ou “divismo”. Antigamente as pessoas admiravam profissionais difíceis no trato, mas para mim uma estrela é uma mistura de talento, vocação e gentileza.

E na vida pessoal?
Aos preconceitos e polarizações que estão tão acentuados no mundo de hoje.