Veículo: Valor Econômico - Online
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Data: 25/09/2024

Editoria: Sem categoria
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Shein é investigada na Itália por possível propaganda de práticas sustentáveis enganosas

órgão antitruste da Itália está investigando a gigante de fast fashion online Shein por potencialmente fazer alegações enganosas sobre suas práticas de sustentabilidade. A autoridade independente de concorrência do país disse, em um comunicado, que a investigação de greenwashing se concentraria na Infinite Styles Serves Co. Limited, uma empresa sediada em Dublin, que faz negócios com a Shein e opera o site e o aplicativo do varejista online.

A Shein foi fundada na China, mas agora está sediada em Cingapura. Ela teve uma ascensão meteórica no mundo do varejo, alimentada por um modelo de negócios que lhe permite produzir vestuário com base na demanda em tempo real e entregá-lo diretamente aos clientes de fábricas localizadas principalmente na China.

Isso ajudou a empresa a oferecer produtos a preços ultrabaixos e a atrair compradores que podem acessar seu site para comprar suéteres de US$ 11, capas de celular de US$ 2 e outros produtos de uma variedade de itens que é rapidamente atualizada.

Consumo excessivo e desperdício ambiental

Mas os críticos da Shein há muito argumentam que as práticas da empresa incentivam o consumo excessivo e o desperdício ambiental, problemas que a varejista diz estar trabalhando para combater.

No entanto, autoridades italianas estão acusando a empresa de enganar os consumidores com alegações sobre a sustentabilidade ambiental das roupas que vende. Organizações ambientais alegaram que tais práticas enganosas, conhecidas como greenwashing, ocorrem em todo o mundo corporativo.

A autoridade antitruste da Itália, cujo nome abreviado em italiano é AGCM, alega que algumas das referências ambientais no site italiano da Shein são enganosas ou omitem informações. Imagens promovendo as roupas da Shein como sustentáveis ​​também são feitas “por meio de afirmações ambientais genéricas, vagas, confusas e/ou enganosas”, disse a autoridade em sua declaração.

Coleção “evoluShein”

Em particular, o órgão de fiscalização citou informações da coleção “evoluShein” da Shein, que, segundo ele, podem ter induzido os consumidores a pensar que as roupas que compraram da coleção poderiam ser recicladas.

A AGCM também alegou que o compromisso declarado com a descarbonização apresentado no site da Shein estava em “aparente contradição” com os aumentos nas emissões de gases de efeito estufa que a Shein incluiu em seus relatórios de sustentabilidade para 2022 e 2023. O varejista online disse que cooperaria com a investigação italiana.

Barreiras à listagem da empresa em Londres

“Gostaríamos também de aproveitar esta oportunidade para reafirmar nosso compromisso em cumprir as leis e regulamentações nos mercados onde operamos e em manter a transparência com nossos clientes”, disse Shein, em comunicado.

A Shein tem enfrentado desafios em outros lugares da Europa. Críticos e grupos de defesa como a Anistia Internacional do Reino Unido se opuseram à possível listagem da empresa na Bolsa de Valores de Londres devido a preocupações trabalhistas e ambientais.