O mercado elevou, pela décima vez consecutiva, as projeções para a inflação. As estimativas para a Selic também sofreram alteração para cima. Essa é a primeira pesquisa semanal divulgada após a decisão do Copom em aumentar a taxa Selic a 10,75% ao ano.
Os investidores também acompanham a coletiva de imprensa sobre o Relatório Bimestral de Receitas e Despesas.
No radar está a Ata do Copom e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial do Brasil. Os dados serão divulgados ao longo da semana.
Lá fora, hoje, saem os dados do PMI do Setor de Serviços, Industrial e Composto da Alemanha, Zona do Euro, Reino Unido e EUA. No Japão, o mercado espera o PMI do Setor de Serviços e Industrial.
As taxas de Depósitos Interfinanceiros (DIs) abriram com viés de alta em toda a curva.
Além do avanço dos rendimentos (yields) dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, os Treasuries, em reação às declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed), e fortalecimento do dólar no exterior, os DIs repercutem o Relatório Bimestral de Receitas e Despesas do 4º bimestre, divulgado no final da tarde da última sexta-feira (20).
O Governo anunciou bloqueio orçamentário adicional de R$ 2,1 bilhões, mas houve reversão dos R$ 3,8 bilhões contingenciados em julho. Assim, houve uma diminuição de R$ 1,7 bilhões na contenção de despesas, que passou de R$ 15,0 bilhões para R$ 13,3 bilhões.
O mercado considerava novo bloqueio de R$ 5 bilhões, levando contenção de despesas para R$ 20 bilhões.
A antecipação do início do mandato de Gustavo Pimenta na Vale (VALE3), a classificação de risco da Azul (AZUL4) pela Moody’s e a venda de participação da Santos Brasil (STBP3) pela Opportunity são alguns dos destaques corporativos desta segunda-feira (23).
Confira os destaques corporativos
Vale (VALE3) antecipa mandato e Gustavo Pimenta assumirá em outubro
O mandato do novo CEO da Vale (VALE3), Gustavo Pimenta, foi antecipado para começar em 1º de outubro e não mais em janeiro, como era previsto, mostra fato relevante enviado na noite da última sexta-feira (20).
O dólar disparava frente ao real nas primeiras negociações desta segunda-feira (23), rondando novamente os 5,60 reais, à medida que investidores se posicionam para uma semana marcada por dados de inflação no Brasil e nos Estados Unidos, além da divulgação da ata da mais recente reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
Às 9h06, o dólar à vista subia 1,25%, a 5,5901 reais na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha alta de 1,19%, a 5,589 reais.
Na sexta-feira, o dólar à vista fechou o dia em alta de 1,84%, cotado a 5,521 reais.
O Banco Central fará nesta sessão leilão de até 12.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1º de novembro de 2024.
Na última semana, o mercado acompanhou as decisões de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil, com cada país optando por um caminho diferente. Enquanto por aqui o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa em 0,25 pontos percentuais para 10,75%, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, em inglês) cortou os juros em 0,50 p.p.
Com isso no radar, os juros futuros brasileiros encerraram a semana com forte abertura ao longo de toda curva. As taxas de juro real tiveram alta, com as NTN-Bs (Tesouro IPCA+) se consolidando no patamar de 6,40%, de acordo com a leitura da equipe de renda fixa da XP Investimentos.
Mais um fundo imobiliário está chegando na bolsa de valores brasileira. A RBR Asset anunciou o lançamento de mais um FII de tijolo, o RBR Top Offices (TOPP11). A primeira emissão já está em andamento com o objetivo de captar R$ 675 milhões, com preço unitário de R$ 100 a cota.
O dinheiro a ser arrecadado já tem destino. O fundo irá adquirir dois imóveis que hoje pertencem ao Pátria Prime Offices (HGPO11), o Metropolitan e o Platinum, ambos localizados na cidade de São Paulo.
Os economistas consultados pelo Banco Central elevaram a aposta para a inflação deste ano pela décima vez, de 4,35% para 4,37%, segundo o Boletim Focus desta segunda-feira (23).
Para 2025 e 2026, as expectativas para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiram para respectivos 3,97% e 3,62% e, para 2027, seguem em 3,50%.
A gestora Opportunity, detentora de cerca de 48% das ações da Santos Brasil (STBP3), se desfez de toda sua participação na companhia, a vendendo para a francesa CMA CGM, mostra documento enviado ao mercado no domingo (22).
A operação estabeleceu o preço de R$ 15,30 por ação STBP3, representando um prêmio de 20,4% sobre o preço de fechamento na sexta-feira (20), de R$ 12,71. O valor de mercado da companhia é de R$ 11 bilhões.
Inflação
- 2024: de 4,35% para 4,37%
- 2025: de 3,95% para 3,97%
- 2026: de 3,61% para 3,62%
- 2027: permanece em 3,50%
PIB
- 2024: de 2,96% para 3,00%
- 2025: permanece em 1,90%
- 2026: permanece em 2%
- 2027: permanece em 2%
Selic
- 2024: de 11,25% para 11,50%
- 2025: permanece em 10,50%
- 2026: permanece em 9,50%
- 2027: permanece em 9%
Dólar
- 2024: permanece em R$ 5,40
- 2025: permanece em R$ 5,35
- 2026: permanece em R$ 5,30
- 2027: permanece em R$ 5,30
A Receita Federal libera nesta segunda-feira (23), a possibilidade de consultar o valor que será pago no quinto (e último) lote da restituição de Imposto de Renda de 2024. O pagamento aos contribuintes pinga na próxima segunda-feira, 30 de setembro.
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Embora seja o ‘último’ lote, os pagamentos não acabam por aí: os lotes residuais, destinados para aqueles que caíram na malha fina e regularizaram a situação, começam a ser pagos já no final de outubro.
Os contratos futuros de minério de ferro caíram na segunda-feira (23), atingindo nível mais baixo em mais de um ano, já que os investidores avaliaram as perspectivas de uma demanda fraca da China, em meio a recuperação econômica desigual e oferta maior.
O contrato de janeiro do minério de ferro mais negociado na Dalian Commodity Exchange (DCE) da China encerrou as negociações diurnas em queda de 4,5%, a 658,5 iuans a tonelada, marcando o nível mais fraco desde 17 de agosto de 2023.
O minério de ferro de referência de outubro na Bolsa de Cingapura estava recuava 2,31%, a 81,55 dólares a tonelada, no início da manhã.
* Com informações de Reuters
A atividade empresarial da zona do euro sofreu uma contração acentuada e inesperada neste mês, com o setor de serviços ficando estagnado enquanto a desaceleração na indústria acelerou, segundo uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira.
A retração parece ter sido generalizada, com a Alemanha, a maior economia da Europa, vendo seu declínio se aprofundar, enquanto a França voltou à contração após o impulso da Olimpíada em agosto.
O Índice Gerentes de Compras (PMI) Composto preliminar para a zona do euro da HCOB, compilado pela S&P Global, caiu para 48,9 este mês, em comparação com 51,0 de agosto, ficando abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração pela primeira vez desde fevereiro.
Pesquisa da Reuters previa um declínio modesto para 50,5.
A demanda geral caiu pela taxa mais rápida em oito meses. O índice de novos negócios recuou de 49,1 para 47,2.
O PMI de serviços afundou de 52,9 para 50,5, abaixo de todas as expectativas da pesquisa da Reuters, que previa uma redução para 52,1.
Isso ocorreu apesar de as empresas terem aumentado seus preços por uma taxa menor. A inflação de serviços diminuiu e o índice de preços de produção ficou em 52,0 contra 53,7 de agosto, sua leitura mais baixa desde abril de 2021.
O PMI do setor industrial, que está abaixo de 50 há mais de dois anos e cuja previsão era de 45,6, caiu de 45,8 para 44,8. O subíndice de produção recuou de 45,8 para 44,5.
O otimismo das empresas diminuiu, sugerindo que os gerentes de compras não esperam uma reviravolta iminente, enquanto que o índice de produção futura da indústria caiu de 57,5 para 52,0, um recorde de baixa de 11 meses.
* Com informações de Reuters
Confira o desempenho dos principais índices:
- FTSE 100 (Londres): -0,09%, aos 8.222,99 pontos.
- Índice DAX (Frankfurt): +0,47%, aos 18.818,45 pontos.
- Índice CAC 40 (Paris): -0,32%, aos 7.476,44 pontos.
- STOXX 600: +0,21%, aos 515,28 pontos.
Confira o fechamento dos principais índices:
- Índice Nikkei (Tóquio): +1,67%, aos 37.739,50 pontos.
- Índice HANG SENG (Hong Kong): -0,06%, aos 18.247,11 pontos.
- Índice SSEC (Xangai): +0,44%, aos 2.748,92 pontos.
- Índice CSI300 (Xangai e Shenzhen): +0,37%, aos 3.212,76 pontos.
- Índice KOSPI (Seul): +0,33%, aos 2.602,02 pontos.
- Índice TAIEX (Taiwan): +0,57%, aos 22.285,53 pontos.
- Índice STRAITS TIMES (Cingapura): +0,37%, aos 3.638,05 pontos.
- Índice S&P/ASX 200 (Sydney): -0,69%, aos 8.152,90 pontos.
Em meio a uma bolsa com desempenho hesitante, uma empresa chamou a atenção de investidores: o Grupo Ambipar (AMBP3), que atua, principalmente, no tratamento de resíduos, e disparou incríveis 1258% em três meses.
Segundo dados da Elos Ayta, no dia 28 de maio a ação tocou em sua mínima, a R$ 8,05, para disparar a R$ 109,98 em 12 de agosto. Quem investiu ou tinha R$ 1 mil em maio saiu com ganho total de R$ 13.580.