No segundo trimestre de 2024, o Brasil registrou 36 fusões e aquisições no setor de consumo e varejo. Esse número representa um aumento de 19% em comparação com o segundo trimestre de 2023. Naquele período, foram realizadas 29 transações.
Esses dados foram levantados pela pesquisa da KPMG, que analisou 43 setores da economia brasileira.
Segmentação por setores
As fusões e aquisições no setor de consumo e varejo foram distribuídas em várias áreas. O segmento de alimentos, bebidas e fumo liderou com 10 transações.
Em seguida, os supermercados registraram 8 operações. Já hotéis e restaurantes somaram 5 transações, e shoppings centers contabilizaram 7. As lojas de varejo realizaram 3 transações, enquanto o setor de higiene teve 2 operações.
No entanto, o segmento de vestuário e calçados não registrou nenhuma fusão ou aquisição no período. Por fim, o setor de embalagens teve apenas 1 operação.
Comentário da KPMG sobre o crescimento
Fernando Gambôa, sócio-líder de consumo e varejo da KPMG no Brasil e na América do Sul, destacou o crescimento de 19% nas transações do setor de consumo e varejo.
Segundo ele, esse crescimento foi superior ao aumento total de fusões e aquisições no Brasil, que foi de 17% no mesmo período. Além disso, Gambôa acredita que essa tendência de alta deve continuar nos próximos trimestres.
Comparativo de fusões e aquisições no Brasil
A pesquisa da KPMG também mostra que o Brasil registrou um total de 426 fusões e aquisições no segundo trimestre de 2024. Esse número representa um aumento de 17% em relação ao mesmo período de 2023, quando ocorreram 365 transações.
Entre essas operações, 256 foram realizadas por empresas brasileiras. Além disso, 95 transações envolveram empresas estrangeiras adquirindo participação em empresas no Brasil.
Atividade do mercado e expectativas
Paulo Guilherme Coimbra, sócio da área de fusões e aquisições da KPMG no Brasil, comentou sobre o aumento nas transações. Segundo ele, esse crescimento reflete uma retomada do mercado após os impactos causados pelo aumento global de juros.
Além disso, ele destacou que as empresas estão mais ativas em operações de fusões e aquisições. A expectativa é de que essa tendência continue nos próximos meses.