Após uma guinada de 9,8% no acumulado de julho e agosto, osinvestidores têm dúvidas se o Ibovespa terá chance de retomar o movimento de recuperação. Isso porque, no acumulado de setembro, o desempenho do principal índice da B3 segue no campo negativo com uma queda de 3,63%. A performance acontece mesmo com o início do ciclo de queda de juros nos Estados Unidos que costuma direcionar o fluxo do capital estrangeiro para mercados de maior risco, como o Brasil.
Segundo o BTG Pactual, o momento atual da bolsa brasileira faz com que os investidores locais busquem proteção os seus portfólios diante de uma continuidade de queda do Ibovespa. No entanto, o banco ressalta que as ações com forte fluxo de caixa e boas pagadoras de dividendos costumam ser mais resilientes a esse cenário de baixa do mercado doméstico.
“Entre as 20 maiores ações pagadores de dividendos, seis são do setor financeiro (4 bancos), três do setor de utilidades e duas ações são do setor de telecomunicações – não por coincidência, em nossa última pesquisa com gestores de portfólio, os setores de utilidades e financeiro foram os setores preferidos para posições de longo prazo”, informou o BTG.
Ao olhar para esse grupo, as ações do Banco do Brasil (BBAS3), BB Seguridade (BBSE3), Petrobras (PETR3/PETR4), CPFL Energia (CPFE3), Vivo (VIVT3), TIM (TIMS3) e Ambev (ABEV3) são as principais da bolsa que possuem esse perfil. Já no universos de pequenas empresas, o destaque fica para as ações da Plano & Plano (PLPL3), Direcional (DIRR3), BR Partners (BRBI11), Marcopolo (POMO3) e Odontoprev (ODPV3).
“Em termos de principais geradores de fluxo de caixa, destacamos as ações de petróleo e gás RECV3 e PRIO3 (com rendimentos de 20% e 18%) e empresas agrícolas como Boa Safra e Jalles (16%)”, acrescentou o BTG.