Finalmente chegou o grande dia. A “Superquarta” é de decisão monetária no Brasil e nos Estados Unidos. Embora o rumo dos juros já esteja praticamente cravado nos dos países, o tamanho do corte americano e da alta na Selic é o que coloca uma pulga atrás da orelha dos investidores.
O Comitê de Política Monetária (Copom) vai anunciar, a partir das 18h30, sua decisão sobre a taxa básica de juros da economia brasileira. Atualmente, a taxa está em 10,50% ao ano e a expectativa é que ela volte a subir. O Banco Central já vinha dando indícios de que os juros poderiam voltar a subir após alguns “sustos” com a inflação. Recentemente, o próprio PIB e outros indicadores de atividade mostraram que a economia segue pujante por aqui, o que pode trazer mais pressões inflacionárias.
Das 126 instituições financeiras e consultorias ouvidas em pesquisa feita pelo Valor, 108 esperam um aumento de 0,25 ponto percentual. Já outras seis veem alta de 0,5 ponto percentual. Por fim, outras 12 instituições projetam manutenção da taxa em 10,50% ao ano.
Antes da Selic, no entanto, o Brasil acompanha a decisão nos Estados Unidos. O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), divulga às 15h de Brasília sua decisão de política monetária.
A taxa básica de juros está entre 5,25% e 5,5% e a expectativa é de um corte entre 0,25 e 0,50 ponto percentual. Às 15h30, o presidente do Fed, Jerome Powell, concede entrevista coletiva para comentar a decisão.
Recentemente, os dados de inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) mostraram uma estabilidade por lá, o que pode ser entendido como um indício de que o Federal Reserve tem espaço para promover um corte maior dos juros.
Por outro lado, a inflação ao produtor (PPI) mostrou avanço, o que evidencia que nem tudo está totalmente sob controle e, portanto, o corte pode ser mais sutil.