Veículo: Forbes
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Data: 12/09/2024

Editoria: Shopping Pátio Higienópolis
Assuntos:

Brookfield vai sair de setor de shoppings no Brasil

A gestora canadense de ativos Brookfield está saindo do setor de shopping centers no Brasil. O objetivo é concentrar suas participações imobiliárias locais em escritórios, prédios de apartamentos e logística. A Reuters consultou três pessoas familiarizadas com o assunto.

No início deste ano, a Brookfield vendeu sua participação de controle no Shopping Rio Sul, no Rio de Janeiro, e agora está buscando compradores para suas fatias majoritárias em dois shoppings de São Paulo — o Pátio Paulista e o Pátio Higienópolis.

A Brookfield pretende arrecadar cerca de R$ 3 bilhões com as vendas, disse uma das fontes. O objetivo é concluir ambas as vendas – juntas ou separadamente – até o início de 2025, disse uma segunda fonte. A companhia contratou os bancos de investimento Bradesco BBI e BTG Pactual para realizar as vendas.

A Brookfield e o Bradesco BBI não quiseram comentar. O BTG Pactual não respondeu ao pedido da reportagem.

A empresa tem investido desde a década de 1980 em shopping centers brasileiros. O setor se recuperou rapidamente das restrições impostas pela pandemia.

Cenário
Embora o varejo online tenha prejudicado o setor de shopping centers em alguns países, os shoppings brasileiros continuam a atrair compradores. Isso porque se tornaram um destino seguro e familiar em um país com problemas de segurança pública de longa data, disse Tadeu Masano, consultor de varejo e ex-professor da Fundação Getúlio Vargas.

A companhia decidiu vender seus shoppings no Rio de Janeiro e em São Paulo porque considera que ambos os investimentos já estão maduros, de acordo com as duas primeiras fontes.

Hoje, a Brookfield conta com aproximadamente US$ 1 trilhão (R$ 5,6 trilhões) em ativos em mais de 30 países. A companhia nasceu como uma empresa de serviços públicos, em 1899, na cidade de São Paulo.

A empresa de gestão de ativos ainda está presente em vários setores brasileiros, incluindo energia renovável, infraestrutura, private equity e imobiliário. Ao todo, são cerca de R$ 200 bilhões sob gestão local.

As maiores participações imobiliárias da Brookfield no Brasil estão em escritórios corporativos. No entanto, a empresa tem diversificado. Recentemente, investiu em parques logísticos, apoiados pelo comércio eletrônico em expansão, e apartamentos para aluguel, que cresceram em meio aos altos custos de financiamento para a compra de moradia. As informações são de um prospecto divulgado pela empresa.