Essa tradicional companhia processa as folhas de pagamento de centenas de milhares de empresas americanas. Por isso, ela tem uma percepção praticamente em tempo real das contratações e demissões do setor privado. A projeção é da criação de 144 mil vagas em agosto, acima das 122 mil de julho.
Outro indicador a ser divulgado nesta manhã é o número de pedidos iniciais de seguro-desemprego, que sai todas as semanas. A projeção é de 231 mil pedidos, mesmo patamar do resultado preliminar da semana passada.
Perspectivas
Se os indicadores desta quinta-feira repetirem o comportamento da véspera e vierem abaixo do esperado, será mais um argumento forte a favor do corte de juros nos Estados Unidos.
Na quarta-feira (4) foi divulgado o indicador estatal JOLTs, semelhante ao Caged brasileiro. Os dados de julho vieram muito abaixo do esperado. Foram criadas 7,673 milhões de vagas, muito menos do que os 8,09 milhões previstos. E o resultado de junho foi revisado para baixo. Caiu para 7,91 milhões de vagas, ante o resultado preliminar de 8,184 milhões de vagas.
A demanda forte por trabalhadores é uma das principais justificativas da inflação americana, pois mantém uma pressão de alta nos salários. Vários indicadores confirmando uma desaceleração nesse processo reforçariam as expectativas de um corte mais intenso nos juros. A maioria dos investidores espera uma redução de 0,75 ponto percentual nos Fed Funds até o fim deste ano. Isso reduziria a taxa referencial, atualmente na faixa entre 5,25% e 5,50% para 4,50% a 4,75%, com um impacto relevante sobre os ativos de risco americanos e de países emergentes.