Veículo: Valor Econômico
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Data: 05/09/2024

Editoria: Shopping Pátio Higienópolis
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Manhã no mercado: Dados do mercado de trabalho nos EUA continuam no radar

Os mercados globais voltam hoje a se orientar por dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos. Ontem, números mais fracos do que o esperado (de vagas em aberto) deram início a sequência de indicadores de emprego que culmina com a divulgação do “payroll” amanhã. Por enquanto, os dados indicam um esfriamento da geração de postos nos Estados Unidos, e isso deve ser checado hoje com a apresentação dos números de novas vagas no setor privado em agosto. Além disso, o indicador de seguro-desemprego e os números de produtividade e custo de mão de obra estarão no radar nesta sessão.
Às 9h15 (horário de Brasília), o ADP Research Institute deve apresentar o total de vagas criadas no setor privado no último mês, e a expectativa de economistas consultados pelo “The Wall Street Journal” é de geração de 140 mil vagas, um aumento em relação às 122 mil criadas em julho. Minutos depois, às 9h30, serão revelados os números de seguro-desemprego e de custo de mão de obra. A expectativa é que os pedidos iniciais de seguro-desemprego tenham atingido 229 mil solicitações na última semana, enquanto o custo de mão de obra deve ter avançado 0,8% no segundo semestre, na relação com o trimestre anterior.
Dados fora do consenso têm capacidade de movimentar os mercados. Se os indicadores corroborarem a leitura de mercado de trabalho enfraquecido, é possível esperar um recuo adicional nos rendimentos dos títulos do Tesouro americano (Treasuries) e uma busca por ativos de risco. Mas tal intenção só deve se confirmar caso essa perda de força do mercado de trabalho não leve à perspectiva de uma desaceleração econômica mais forte e uma possível recessão. Neste caso, os ativos de risco podem continuar penalizados.
Hoje pela manhã, os mercados abrem com um viés melhor. As bolsas na Europa não estão todas no vermelho, com o DAX alemão em alta de 0,13%, aos 18.617 pontos. Enquanto isso, os futuros de Wall Street também arriscam permanecer acima da estabilidade, com o Dow Jones avançando 0,04% e o S&P 500 valorizando 0,06%. No mercado de moedas, o dólar perde força globalmente, com o índice DXY desvalorizando 0,20%, aos 101,159 pontos. Há também queda da moeda americana frente a divisas de mercados emergentes. A exceção é o peso mexicano, com o dólar avançando 0,33% ante a moeda.
No Brasil, é a política monetária que se mantém no radar dos agentes financeiros. Em entrevista ao Valor, a ex-diretora do BC e recém-chegada ao BNP Paribas, Fernanda Guardado, revela projetar a Selic em 12,25%, em um ciclo de aperto previsto para terminar em março, o que, caso se concretize, eliminaria pouco mais da metade do ajuste feito no juro básico desde o início da flexibilização, em agosto de 2023, quando a taxa estava em 13,75%. “Erros foram feitos, mas podemos evitá-los à frente”, diz a economista.
Também pela manhã, perto das 8h10, o rendimento da T-note de dez anos avançava de 3,759% para 3,774%, enquanto o retorno do papel de dois anos avançava de 3,774% para 3,783%.