Juros futuros em alta, operando acima de 12% a.a.
Os juros futuros encerraram a quinta-feira em alta, apresentando novamente um aumento em toda a estrutura da curva. A partir de 2027, eles seguiam sendo negociados acima dos 12%.
- Para janeiro de 2025, a taxa DI operava a 10,785% (ante 10,675% no fechamento anterior);
- Para janeiro de 2026, 11,775% (ante 11,57%);
- Para janeiro de 2027, 12,03% (ante 11,82%);
- Para janeiro de 2028, 12,17% (ante 12,015%)
- E, para janeiro de 2029, a taxa era negociada a 12,23% (ante 12,115%).
A alta nos juros segue a leitura de investidores sobre o IPCA-15, que veio acima das expectativas.
Na XP, a expectativa é de que, apesar do dado maior, o BC mantenha a Taxa Selic em 10,5% “por um longo período”. Já o Citi diz em relatório que “os valores sugerem pressões inflacionárias ainda desconfortáveis, reforçando a previsão de inflação acima do consenso de 4,2% até o fim do ano”.
Bolsas de NY fecham sem direção única
As bolsas de Nova York encerraram a quinta-feira sem direção única, após, no início da tarde, todas apontarem para cima, correspondendo à divulgação do PIB dos EUA.
O Dow Jones fechou o dia em alta de 0,2%, aos 39.935 pontos. O S&P 500 recuou 0,51%, aos 5.399 pontos, enquanto o Nasdaq também apontou para baixo, com queda de 0,93% ais 17.181 pontos.
Ainda com receio após a divulgação dos resultados do Google, os papéis das big techs caíram: Alphabet (GOOG) caiu 0,64%; Meta (META) recuou 1,7%; Apple (AAPL) perdeu 0,48%; Microsoft (MSFT) também diminuiu 2,45%; a Nvidia (NVDA) recuou 1,72%.
Para Gustavo Okuyama, da Porto AM, há um receio de que a queda nos juros por lá venha depois de a inflação já indicar um arrefecimento da economia, impactando nos papéis.
Os investidores aguardam o PCE de junho, que será divulgado nesta sexta-feira. O índice é visto de perto pelo Fed para balizar os juros.
Dólar nas casas de câmbio segue perto dos R$6
O dólar turismo beirou os R$ 6 para compra nas casas de câmbio do Rio.
Por volta das 17h, quando a cotação comercial fechou valendo R$ 5,64, a Travelex Confidence vendia a moeda a R$ 5,94 em espécie e R$ 6,05 no cartão pré-pago. O euro era cotado a R$ 6,48 em papel e vendido a R$ 6,59 no plástico.
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Na Western Union, o dólar era vendido a R$ 5,90 em espécie e R$ 6,20 na modalidade pré-paga. Já o euro tinha cotação de R$ 6,43 no papel e R$ 6,75 no cartão.
Na B&T, o dólar era vendido a R$ 5,94 em cédula e R$ 6,20 no pré-pago. Já o euro tinha cotação de R$ 6,20 no papel e R$ 6,72 no cartão.
As operações incluem as taxas de 1,1% e 4,38%, correspondentes ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), sob o valor total emitido em espécie e no cartão, respectivamente.
Ibovespa fecha dia em queda de 0,37%
O Ibovespa fechou o dia em recuo de 0,37%, aos 125.954 pontos. É o terceiro pregão seguido em queda.
Segundo Norberto Sangalli, analista de renda variável da Nippur, a perspectiva de inflação maior apresentada no IPCA-15 foi correspondida pelo índice:
— A perspectiva de inflação no Brasil ajuda a manter os juros nos níveis atuais, e aí a bolsa não vai tão bem. Além disso, tem os termos de troca. Somos grande exportadores, e tivemos quedas nos preços de soja, petróleo e minério. E isso tem ajudado na piora do cenário.
Com peso no índice, ações de Vale e Petrobras fecharam o dia em queda. A mineradora (VALE3) terminou o dia em queda de 0,05%, enquanto os papéis ordinários da petrolífera (PETR3) fecharam em recuo de 0,42%.
Segundo o analista, o mês de agosto é chuvoso na China, provocando uma sazonalidade ruim para compra de minério de ferro.
Ibovespa segue em queda
O Ibovespa seguia no negativo na tarde desta quinta-feira, recuando 0,23% aos 126.141 pontos.
As petrolíferas seguiam performando em queda, apesar da retomada do Brent no mercado internacional — às 13h40, o contrato futuro para setembro subia 0,9%, acima dos US$ 82 o barril.
— Ações de consumo, como as da Assaí, Ambev, Casas Bahia e Magazine Luiza, mostram um desempenho positivo, principalmente devido a ajustes técnicos. Em resumo, o dia é marcado por aversão ao risco, com o mercado esperando a divulgação do PCE amanhã — afirma Marcelo Boragini, especialista em renda variável da Davos Investimentos.
Os agentes aguardam o PCE, dado sobre inflação nos EUA, que pode indicar que a economia por lá está desaquecendo. O dado é lido pelo Fed (banco central americano) para balizar os juros.