A parceria entre Magazine Luiza e AliExpress, anunciada em junho, agradou aos investidores. Desde então, as ações da varejista brasileira valorizaram 1,5%, buscando uma tendência positiva frente à queda de 36% dos papéis acumulada no ano.
De acordo com o JP Morgan, o negócio aprofunda a oferta 3P com SKUs (unidades de produtos) do Magalu que não eram o foco da empresa, sob uma estrutura em que a varejista brasileira não arca com o custo de entrega. Na visão dos analistas, isso melhora as unidades de negócio e potencializa o aumento nas conversões e recorrência.
Além disso, o cross-border tem potencial de elevar a competitividade do canal de marketplace para as duas companhias no setor, o que pode ser um desafio para o líder do e-commerce brasileiro, o Mercado Livre. Com isso, a Genial e o BTG possuem recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 19,50 e R$ 40, respectivamente.
“O AliExpress é uma das maiores plataformas de e-commerce do mundo e traz uma vasta gama de produtos e uma base de clientes global para o Magalu”, diz Anderson Santos, especialista da Matriz Capital. “A parceria deve posicionar o Magalu para competir mais eficazmente com outras grandes varejistas de e-commerce internacionais presentes no Brasil.”
O Magalu já se destaca frente às suas concorrentes brasileiras devido à sua forte estratégia omnichannel, que integra perfeitamente os canais online e físico, permitindo uma experiência de compra fluida para os consumidores. Agora, a varejista pretende expandir seus canais a novos lugares. Após o acordo com o AliExpress, o Magalu está reforçando sua parceria com a startup uruguaia nocnoc para trazer mais produtos dos Estados Unidos.