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Data: 10/07/2024

Editoria: Sem categoria
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Magazine Luiza (MGLU3) não sustenta alta em dia de refresco na bolsa

desaceleração do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho gerou reflexos positivos para as empresas sensíveis às taxas de juros e com dívida em moeda estrangeira, levando parte dos ativos com esse perfil a se destacarem na bolsa.

As ações do Magazine Luiza, que chegaram a avançar quase 3% ao final da manhã, reduziram o ímpeto de ganhos ao longo da sessão. Ao final das negociações, teve leve queda de 0,30%, cotada a R$ 13,47. Hoje, o Safra revisou os ativos e passou a recomendar a compra com preço-alvo de R$ 18,50. A revisão incorpora os resultados recentes da empresa e novas premissas macroeconômicas.

Já a Casas Bahia (BHIA3) que chegou a apresentar leve alta de 0,52%, teve recuo de 2,26%, a R$ 5,62. O Safra reduziu a recomendação par as ações para neutro com preço-alvo de R$ 7, após incorporar o resultado recente da empresa, novas premissas macroeconômicas e novas premissas de custo de capital.

EzTec (EZTC3) computou alta de 3,19%, a R$ 14,25, a Cyrela (CYRE3) 2,54%, a R$ 20,55, e MRV 2,32%, cotada a R$ 7,06.

A inflação de junho trouxe surpresas generalizadas, fazendo o dólar e os juros futuros apresentarem queda firme, o que ajuda as teses sensíveis às taxas da bolsa.

Na avaliação de Alexandre Lohmann, economista-chefe da Constância Investimentos, os dados do IPCA devem deve ajudar a conter pressão sobre o Banco Central para elevar juros.

Divulgado mais cedo pelo IBGE, o IPCA de junho desacelerou para 0,21%, de 0,39% em maio. A mediana dos economistas consultados pelo Valor Data esperava desaceleração menor, para 0,32%.

“Foi uma surpresa bem substancial. A maior parte concentrada em alimentação no domicílio. Existe um movimento de queda dos preços no atacado, mas não esperávamos que ele se refletisse já na leitura de junho”, diz. “O estrago feito pelas enchentes no Rio Grande do Sul não foi tão profundo como o esperado, o que é algo positivo.”

Lohmann também destaca a desaceleração dos preços de bens industriais e serviços, que ensaiaram alta em maio. Com isso, diz, há um equilíbrio um pouco melhor para a expectativa do IPCA de julho, que será impactado pelo reajuste da gasolina e do GLP e a bandeira tarifária amarela.

A leitura de junho também traz algum alívio no front da política monetária, avalia. “Nas últimas semanas, as expectativas se deterioraram fortemente e crescia a assimetria em favor de uma alta da Selic. Houve uma interrupção desse processo quando o dólar parou de subir e o dado de hoje deve ajudar a equilibrar os riscos.”