O Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) está determinado a ficar mais leve e se livrar de tudo que é considerado “não essencial” no portfólio — e isso inclui se desfazer da maior parte da operação de postos de combustíveis.
O GPA anunciou na noite da última quarta-feira (26) que encontrou comprador para 49 postos localizados no Estado de São Paulo: o Grupo Ultra.
Com a transação, a empresa vai levantar R$ 200 milhões. Desse total, cerca de R$ 138 milhões devem ser pagos até o final de 2024.
Essa cifra está condicionada à conclusão de certas condições precedentes, como a aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
Já a quantia restante, de R$ 62 milhões, deve ser desembolsada em parcelas, mediante o cumprimento de outras condições precedentes que busquem a transferência definitiva dos postos para os compradores de cada região.
Vale lembrar que, ao todo, o Pão de Açúcar quer vender 71 postos distribuídos pelo Brasil. Ou seja, além das unidades paulistas, outras 22 operações devem acontecer em oito estados do país com compradores diversos.
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Por que o Pão de Açúcar (PCAR3) vai vender os postos de combustíveis
Segundo fato relevante enviado à CVM, até que os postos sejam efetivamente transferidos para os compradores, eles continuarão em funcionamento operados pelo GPA.
Isso significa ainda que os resultados gerados pelas respectivas operações serão contabilizados pelo Pão de Açúcar.
De acordo com a empresa, a venda dos postos marca a “última etapa do plano de vendas de ativos não core iniciado em 2023” para reduzir a alavancagem financeira com a diminuição da dívida líquida e o consequente reforço da estrutura de capital.
O Pão de Açúcar teve assessoria financeira do Bradesco BBI nesta operação.