Veículo: Estadão - Online
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Data: 14/05/2024

Editoria: Sem categoria
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GPA, Casas Bahia e Assaí estudam cisão de financeira em que são sócias ao lado do Itaú

A financeira que une Assaí, Grupo Pão de Açúcar (GPA), Grupo Casas Bahia e Itaú como sócios, a FIC, segue à procura de uma solução que resolva essa herança acionária que, hoje, não faz mais sentido. As conversas já duram cerca de um ano e agora estariam mais maduras. A opção mais estudada é uma cisão entre as três varejistas, mantendo o Itaú como sócio majoritário. No entanto, a discussão está longe do fim e a venda da participação de ao menos uma das varejistas segue na mesa, segundo fontes.

A FIC emite cartões do Itaú como o Extra, do GPA, e o Passaí, do Assaí. O Itaú também emite o cartão do Ponto Frio, do Grupo Casas Bahia, mas pelo Banco Investcred Unibanco. O cartão da Casas Bahia é emitido pela Bradescard, do Bradesco.

O Itaú tem 50% do negócio, enquanto o GPA tem 18%, o Assaí, outros 18%, e a Casas Bahia, 14%. O arranjo societário é herança de quando as três varejistas eram uma só, sob o comando do GPA. Conforme as companhias se separaram, cada uma delas ficou com uma porcentagem da financeira que as unia.

Empresa teve lucro de R$ 88 milhões

Os executivos da varejistas reconhecem que a FIC tem bons resultados. Segundo o balanço da Casas Bahia, o primeiro trimestre de 2024 foi de lucro de R$ 88 milhões, frente a um resultado de R$ 67 milhões um ano antes. No entanto, se por um lado, quem deseja expandir seus produtos financeiros vê a empresa limitada, por outro, há quem gostaria de vender sua participação para levantar recursos.

GPA, Assaí e Casas Bahia estão em momentos distintos. O Assaí, em melhores condições financeiras, já afirmou em teleconferência de resultados que planeja aumentar a oferta de produtos financeiros para pessoas jurídicas.

O GPA, que ainda passa por um processo de desembarque do ex-controlador francês, Casino, vive um período de melhora da operação e redução do endividamento por meio de venda de ativos fora do negócio principal da empresa, com boa parte do plano já concluída ou em andamento.

Com tantos interesses difusos, a separação da FIC hoje é o caminho mais conversado. No entanto, as discussões ainda devem seguir ao longo dos próximos trimestres.