Em mais um passo do seu processo de recuperação judicial, a Americanas (AMER3) divulgou, na noite desta terça-feira (16), o resultado parcial dos valores que deve destinar a cada escolha de pagamento oferecida aos credores no seu plano de RJ, conforme as opções recebidas até o momento.
A varejista alerta que os valores ainda podem sofrer alterações em razão do resultado das impugnações de crédito e dos questionamentos formulados pelo credores envolvendo a eleição das opções de pagamento, bem como de alterações na Relação Credores Pagamento, a qual pode ser modificada de tempos em tempos, nos termos do plano de recuperação judicial.
“A presente lista foi elaborada a partir de requerimentos dos credores e apresenta valores estimados, com base nas informações disponibilizadas à Companhia até a presente data e não deve ser interpretada como orientação para a tomada de decisão pelos credores”, diz a Americanas em fato relevante arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Sendo assim, até agora, os valores destinados às escolhas feitas pelos credores ficaram assim:
Opção de pagamento | Valores atualizados |
Credores com créditos quirografários até R$ 12 mil | R$ 20,3 milhões |
Credores com créditos quirografários acima de R$ 12 mil | R$ 19,7 milhões |
Opção de Reestruturação I | R$ 241,2 milhões |
Opção de Reestruturação II | R$ 34,,2 bilhões |
Credores financeiros litigantes com valores retidos ou compensados | R$ 1,76 bilhão |
Credores fornecedores com créditos quirografários acima de R$ 12 mil | R$ 728,4 milhões |
Credores fornecedores colaboradores | R$ 3,97 bilhões |
Credores fornecedores de tecnologia | R$ 331,9 milhões |
Modalidade de pagamento geral | R$ 857,1 milhões |
Total | R$ 42,127 bilhões |
Ainda segundo o fato relevante, a lista levou em consideração a Taxa de Câmbio Conversão, prevista no plano de RJ e “aplicável a todo e qualquer evento previsto” no plano.
As opções aos credores previstas no plano de RJ da Americanas
A Americanas teve seu plano de recuperação judicial aprovado em dezembro do ano passado e, na ocasião, havia apresentado um esquema de pagamento aos seus credores, que deveriam optar de que forma desejariam receber.
O plano prevê ainda uma injeção de capital bilionária na companhia, a princípio no valor de R$ 24 bilhões, sendo metade deste valor garantido pelos acionistas de referência, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira.
O R$ 12 bilhões restantes ficarão a cargo dos bancos credores que se comprometeram a converter os créditos contra a varejista em ações.
A emissão das ações para possibilitar a capitalização resultará numa diluição brutal dos acionistas minoritários, da ordem de 95%.