As vendas de supermercados caíram 0,2% em fevereiro, ante janeiro, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), enquanto o varejo teve expansão de 1%.
Na avaliação do gerente da pesquisa, Cristiano Santos, a inflação elevada de alimentos no mês colaborou para o recuo do segmento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo. Os preços de alimentação e bebidas subiram 0,95% em fevereiro, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
“A inflação de alimentos é o que refreia o setor de supermercados, é o que retira o crescimento”, disse.
Além dos preços, o desempenho do segmento também está ligado, segundo Santos, a uma base elevada de comparação por causa do crescimento em meses anteriores. No resultado acumulado nos 12 meses até fevereiro, as vendas de supermercados avançaram 4,7%, o dobro do ritmo de 2,3% do varejo restrito como um todo.
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O movimento também está ligado a uma mudança de comportamento do consumidor, que vinha concentrando suas compras em itens básicos e agora começa a diversificar, favorecido pelo aumento da massa de rendimentos e pela trajetória de queda dos juros, que começa a influenciar no crédito.
“Existe uma base de comparação mais alta do setor de supermercados, por causa do crescimento ao longo de 2023 e em janeiro. Além disso, há uma mudança de comportamento do consumidor, que deixa de concentrar as compras em itens básicos e passa a diversificar mais”, afirmou.