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Data: 05/04/2024

Editoria: Sem categoria
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Shein encaminha-se para a entrada em bolsa com lucros em forte progressão

O Financial Times publicou os resultados de 2023 da empresa, citando “um documento financeiro” consultado pelos seus jornalistas, bem como “quatro fontes próximas da empresa”. Resumindo: a Shein mais do que duplicou os seus lucros em 2023.

A empresa obteve mais de 2 mil milhões de dólares (1,86 mil milhões de euros) em lucros, com um valor bruto de mercadorias de cerca de 45 mil milhões de dólares (41,9 mil milhões de euros). Fundada na China, a Shein tem agora sede em Singapura. Para efeito de comparação, a empresa obteve um lucro líquido de 700 milhões de dólares (651,76 milhões de euros) em 2022 e 1,1 mil milhões de dólares (1,02 mil milhões de euros) em 2021.

E quanto aos seus dois maiores concorrentes? Em 2023, a gigante da fast fashion H&M obteve um lucro de 8,75 mil milhões de coroas (776 milhões de euros). A Inditex, peso pesado espanhol do têxtil, registou por seu lado um lucro de 5,38 mil milhões de euros durante o último exercício financeiro, todos os canais combinados.

A Shein está a aguardar luz verde das autoridades reguladoras financeiras para fazer a sua entrada em bolsa. O Financial Times cita novamente pessoas familiarizadas com o assunto dizendo que a Comissão Reguladora de Segurança Financeira da China e a Administração do Ciberespaço chinês poderão aprovar a venda de ações “nas próximas semanas”.

A validação da China é decisiva para a empresa. Embora a sua sede esteja agora em Singapura, a China continua a ser a base para a maior parte da sua atividade. A Shein empregava mais de 10 mil pessoas no país há pouco mais de um ano, em comparação com apenas 200 funcionários em Singapura.

Neste momento, ainda não se sabe se a introdução em bolsa terá lugar em Nova Iorque, a primeira escolha da Shein, ou em Londres, dado o seu recuo devido à atmosfera bastante hostil para as empresas chinesas que atualmente reina nos Estados Unidos.

A analista GlobalData observa: “Embora o local da entrada em bolsa da Shein ainda não tenha sido determinado, provavelmente será a maior introdução em bolsa de 2024. Tornar-se uma empresa cotada exigirá que a Shein seja mais transparente sobre as suas finanças, as suas operações e práticas da cadeia de aprovisionamento, sendo que este último ponto será um desafio para a retalhista, na sequência das muitas críticas contra os seus padrões éticos. O crescimento da Shein também deverá desacelerar nos próximos anos, à medida que se torna mais estabelecida e enfrenta a concorrência crescente de outros rivais chineses da moda ultra rápida, como Temu, Cider e Rihoas.”