Cinco de dez segmentos do varejo ampliado operavam, ao fim de dezembro, em patamar abaixo de fevereiro de 2020, que é o marco do pré-pandemia, mostraram os dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Entre as atividades acompanhadas pelo instituto, a de tecidos, vestuário e calçados é a única a não ter superado esse nível em nenhum momento ao longo desses quase quatro anos. O segmento opera em nível 26% abaixo de fevereiro de 2020.
Na média, o varejo ampliado está 0,8% acima daquele marcado. No caso do varejo restrito – que não inclui veículos e motos, partes e peças, nem material de construção ou o atacarejo –, o patamar de produção é 2,9% superior ao daquele momento.
Os outros quatro segmentos do varejo ampliado que operam com vendas abaixo do pré-pandemia são livros, jornais, revistas e papelaria (-43,5%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-17,1%), móveis e eletrodomésticos (-15,2%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-14,2%).
“Aparentemente, há uma mudança de comportamento [em relação a tecidos, vestuário e calçados], com consumo menor de produtos dessa natureza. Apesar de ter esse movimento de volta ao escritório [do trabalho presencial], essa necessidade de produtos dessa natureza ainda não se equiparou ao que era antes da pandemia”, afirmou o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.
Por outro lado, a atividade de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria é a que se encontra em melhor situação neste aspecto, com patamar 29,3% superior ao do pré-pandemia. Em segunda posição, vêm combustíveis e lubrificantes (11,3%), seguidos por hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (8,9%), atacado e varejo de material de construção (2,9%), e veículos, motocicletas, partes e peças (0,5%).