O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) subiu 0,8% em janeiro de 2024, em relação ao mês anterior, para 109,1 pontos. Foi o primeiro avanço, nessa comparação, após quatro quedas consecutivas. Em relação a janeiro de 2023, porém, houve queda de 8,3% no Icec do primeiro mês de 2024, conforme divulgado pela entidade nesta terça-feira.
Na passagem de dezembro de 2023 para janeiro de 2024, dois dos três tópicos usados para cálculo do indicador mostraram aumento. É o caso de condições atuais (3%); e expectativas (0,3%). Em contrapartida, houve queda em intenção de investimentos (-0,1%). Entretanto, na comparação com janeiro de 2023, houve recuos em condições atuais (-22,1%) e em intenções de investimento (-5%). Já o componente expectativas se manteve estável nessa comparação.
Em comunicado, o presidente da CNC, José Roberto Tadros, comentou que a recuperação do Icec em janeiro é sinal positivo para o começo de 2024. “Aponta um otimismo moderado, aliado à melhora das condições atuais do setor, mas com a prudência necessária diante do atual cenário”, afirmou Tadros, no informe. No entendimento dele, a confiança dos varejistas junto com os dados da pesquisa Intenção de Consumo das Famílias (ICF), que mostraram maior predisposição das famílias brasileiras para consumir, refletem equilíbrio entre otimismo e cautela.
Mas a pesquisa mostrou alguns sinais de alerta, na percepção do varejista sobre mercado de trabalho no setor, admitiram os pesquisadores. No comunicado sobre o Icec, a CNC detalhou que a proporção de comerciantes que planejam reduzir suas contratações atingiu 37% em janeiro de 2024. Essa foi a maior parcela, para essa resposta, desde junho de 2023.
A CNC comentou ainda que as empresas em janeiro desse ano ainda operam com alto nível de inadimplência. Isso indica maior dificuldade dos estabelecimentos em manter seus fluxos de capital, mesmo com as taxas de juros mais acessíveis do que em 2023.