O volume de vendas no varejo teve alta de 0,1% em novembro de 2023, perante o mês anterior, na série com ajuste sazonal, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. Em outubro, o comércio restrito tinha caído 0,3% (dado inalterado sem revisão).
O resultado do penúltimo mês de 2023 veio em linha com a mediana estimada pelo Valor Data, apurada junto a 24 consultorias e instituições financeiras, que era de alta de 0,1%. O intervalo das projeções ia de queda de 1,6% a aumento de 0,9%.
Na comparação com novembro de 2022, o varejo restrito avançou 2,2%, em linha com o esperado. O acumulado de 2023, até novembro, houve alta de 1,7% e, no acumulado nos 12 meses até novembro, de 1,5%.
No varejo ampliado, que inclui as vendas de veículos e motos, partes e peças, material de construção e atacarejo, o volume de vendas subiu 1,3% na passagem de outubro e novembro de 2023, já descontados os efeitos sazonais. Os analistas de 24 bancos e consultorias esperavam elevação de 0,4%, segundo a mediana. O intervalo das projeções ia de recuo de 1% a aumento de 1%.
Ante novembro de 2022, o volume de vendas do varejo ampliado subiu 4,3%. A expectativa mediana, pelo Valor Data, era de alta de 2,8%. As projeções variavam entre alta de 0,2% e 3,55%.
Seis das oito atividades pesquisadas no varejo restrito tiveram aumento de outubro para novembro de 2023: combustíveis e lubrificantes (1%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,1%); tecidos, vestuário e calçados (3%); equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (18,6%); móveis e eletrodomésticos (4,5%); e outros artigos de uso pessoal e doméstico (1%).
Por outro lado, registraram queda artigos farmacêuticos (-1,6%) e livros jornais e papelaria (-1,5%).
Na comparação com novembro de 2022, foram cinco das oito atividades com alta.
No varejo ampliado, que inclui automóveis e peças, material de construção e atacarejo, houve crescimento de 4% em veículos, motos, partes e peças e de 0,4% em material de construção, na série com ajuste sazonal.
Das 27 unidades da federação, 12 apresentaram alta no volume de vendas no mês em novembro, com destaque para Espírito Santo (13,3%), Paraíba (1,8%) e Amapá (1,6%). Frente a novembro de 2022, houve expansão no volume de vendas em 18 das 27 unidades da federação. Chamam atenção os resultados positivos de Espírito Santo (12,4%), Maranhão (11,7%) e Ceará (8%).
Até novembro de 2023, cinco das dez atividades componentes do varejo ampliado, da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ainda não tinham voltado ao patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020. A informação consta da edição de novembro de 2023 da pesquisa, veiculada nessa quarta-feira (17) pelo instituto.
Patamar pré-pandemia
No levantamento do IBGE, as cinco atividades com patamar inferior ao observado em fevereiro de 2020 foram equipamentos para escritório e informática (0,9% inferior a pré-pandemia); móveis e eletrodomésticos (9% abaixo); outros artigos de uso pessoal e doméstico (11,9% inferior); tecidos, vestuário e calçados (-22,9%) e livros e jornais revistas e papelaria (-41,6%).
Em contrapartida, encontram-se acima do patamar pré-pandemia artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (27,8% acima); combustíveis e lubrificantes (9,2% superior); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (7,8% acima); veículos, motocicletas, partes e peças (5,5% superior); e atacado e varejo de material de construção (3,1% acima).
O patamar do comércio varejista ampliado como um todo, por sua vez, estava 2,9% acima de patamar pré-pandemia, em novembro do ano passado Já o patamar do varejo restrito, que exclui material de construção e veículos, motocicletas, partes e peças estava 4,5% acima do pré-pandemia, em novembro de 2023.