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Data: 15/12/2023

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Vendas no varejo caem 0,3% em outubro, pior que o esperado, informa o IBGE

O volume de vendas do comércio varejista no Brasil caiu 0,3% em outubro, após ter avançado 0,5% em setembro (dado revisado para baixo, de 0,6% anterior), segundo dados divulgados nesta quarta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com setembro de 2022, houve alta de 0,2% nas vendas, no quinto crescimento consecutivo do indicador.

O consenso Refinitiv projetava crescimento de 0,2% nas vendas no mês e estimava avanço de 1,76% na comparação anual.

O setor acumula alta de 1,6% no ano e de 1,5% em 12 meses. O varejo nacional opera 4,4% acima do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020, e 2,0% abaixo do maior nível da série histórica da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC).

No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas recuou 0,4% ante setembro.

A média móvel trimestral para o varejo ampliado foi de 0,1% no trimestre encerrado em outubro de 2023. Na série sem ajuste sazonal, o varejo ampliado cresceu 2,5% frente a outubro de 2022, oitavo resultado positivo consecutivo. O acumulado no ano foi de 2,4%, e, em doze meses, de 1,8%.

Cristiano Santos, gerente da pesquisa do IBGE, comentou em nota que as variações estão muito próximas a zero desde fevereiro, ficando na leitura da estabilidade em todos os meses exceto março (0,7%), maio (-0,6%) e julho (0,7%).

“Isso mostra um retorno ao comportamento anterior a 2020, após as variações mais acentuadas que observamos no período de pandemia, com números ainda mais tímidos do que o padrão pré-covid. Mas, num cenário de médio prazo, a perspectiva está positiva, com crescimento nos acumulados do ano e em 12 meses”, analisou.

Atividades

A variação de -0,3% no volume de vendas do comércio varejista restrito na passagem de setembro para outubro teve predominância de taxas negativas, atingindo cinco das oito atividades pesquisadas.

A atividade de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação teve queda de -5,7% no mês, seguida por Tecidos, vestuário e calçados (-1,9%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,8%), Combustíveis e lubrificantes (-0,7%) e Móveis e eletrodomésticos (-0,1%).

Por outro lado, outros três grupamentos pesquisados mostraram alta: Livros, jornais, revistas e papelaria (2,8%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (1,4%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,2%).

“A atividade que puxou mais para baixo foi a de Equipamentos e material para escritório, mas também tivemos atividades de maior peso como Hiper e supermercados e Combustíveis puxando para baixo. Já no campo positivo, o que influenciou para cima foi a atividade de Artigos farmacêuticos. A atividade de Livros e jornais teve uma variação mais alta, mas tem pouco peso”, explico o gerente da pesquisa.