Os mercados continuaram a ver com bons olhos os sinais do Federal Reserve (Fed), e a leitura de que os juros devem cair mais cedo nos EUA ganhou mais força. Após alta de 2,42% na quarta-feira, o Ibovespa subiu mais 1,06% ontem e encerrou o dia aos 130.842 pontos, maior nível de fechamento da história em valor nominal – durante o dia, o índice também alcançou a nova máxima histórica de 131.260 pontos. Os juros futuros recuaram e o dólar ficou praticamente estável, cotado a R$ 4,9144.
Para Guto Leite, da Western Asset no Brasil, a senha para o bom humor foi o presidente do Fed, Jerome Powell, ter dito que o comitê sinalizava cortes nos juros. “Demonstra que o Fed está confortável com o processo desinflacionário”, afirma. Sua avaliação é que a mudança traz alívio e incentivo a investidores globais tomarem risco. “Por isso vemos uma reação positiva da bolsa e uma queda dos juros futuros.”
A queda da taxa básica no Brasil, que na quarta feira sofreu mais um corte de 0,5 ponto percentual – com indicações de novas reduções – também deve impulsionar o mercado de capitais. Leite considera que o Ibovespa poderia alcançar os 145 mil pontos nos próximos 12 meses.
A decisão do Fed impactou, ainda, o rendimento dos títulos americanos de dez anos, que ficou abaixo de 4% pela primeira vez desde 8 de agosto.