O cenário de negócios para duas das maiores varejistas do Brasil, Magazine Luiza e Casas Bahia, apresentou uma mudança significativa na última sexta-feira. O fechamento do mercado exibiu um forte avanço nas ações dessas gigantes do varejo. Com Magazine Luiza registrando uma alta de 12,03% e as ações das Casas Bahia subindo impressionantes 17,39%, os dois papéis se destacaram entre os mais bem-sucedidos desta sessão.
Essa semana provou ser positiva para o setor de varejo, uma vez que foi evidenciada uma notícia favorável sobre a taxa de juros. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) deu um passo crucial ao reduzir novamente a Selic em 0,5 ponto percentual, levando-a para 12,25% ao ano. Esse é o terceiro corte consecutivo dos juros básicos no Brasil.
O que impulsionou essa alta nas ações do Magazine Luiza e das Casas Bahia?
O otimismo no cenário externo também cresceu graças à decisão do Federal Reserve (Banco Central dos Estado Unido) em manter as taxas de juros americanas no patamar de 5,25% a 5,5% ao ano. No Brasil, a decisão do BC de fazer outro corte na Selic contribuiu para o sentimento positivo do mercado.
O desempenho acima do esperado no mercado de trabalho dos Estados Unidos – com a criação de 150 mil novas vagas de emprego em outubro – acrescentou ao otimismo global.
Como o desempenho positivo impactará o futuro da Magazine Luiza?
O Magazine Luiza recém-finalizou a venda de sua divisão de seguros, a Luizaseg, para a NCVP Participações Societárias. O processo de venda, que foi iniciado em maio deste ano, fechou por R$ 160 milhões, contribuindo para a alta das ações da empresa.
Apesar da notável performance no último pregão, as ações tanto do Magazine Luiza quanto das Casas Bahia ainda acumulam perdas na Bolsa em 2023, algo que os investidores estarão atentos nos próximos meses.
Em um ambiente desafiador causado pela pandemia de Covid-19, o desempenho do setor de varejo brasileiro sofreu um impacto significativo. No entanto, esses recentes desenvolvimentos, juntamente com uma mudança gradual na direção de compras mais digitais em comparação com as compras físicas tradicionais, sugerem um futuro mais promissor para
as gigantes do varejo.
Esses desenvolvimentos são particularmente bem-vindos, dado o cenário atual de incertezas envolvendo a inflação, as taxas de juros e os resultados financeiros insatisfatórios reportados por algumas das maiores empresas de varejo no país.