Depois disso, o relatório apontou estagnação ou alta a cada semana. O resultado ocorre na semana seguinte à divulgação do IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), sinalizador do PIB, que registrou queda de 0,77% em agosto na comparação com julho, segundo números dessazonalizados.
A contração foi maior do que esperada pelo mercado, que estimava redução de 0,30% de acordo com pesquisa da agência de notícias Reuters. Após a divulgação do índice na sexta-feira (20), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a afirmar que está preocupado com o resultado do terceiro trimestre.
“Estamos preocupados com o nível de atividade, sobretudo no terceiro trimestre, sabendo que a inflação está convergindo para a meta no tempo, como no mundo inteiro”, disse Haddad no gabinete do Ministério da Fazenda em São Paulo.
Apesar do temor, o ministro mantém a expectativa que o Brasil deve terminar o ano com crescimento em torno de 3% no PIB, mas disse que é preciso ver como será o crescimento na margem, porque é isso que irá projetar o desempenho da economia no futuro.
Se houve a queda na previsão para 2023, os economistas mantiveram os mesmos índices para o PIB em 2024 (1,5%), 2025 (1,9%) e 2026 (2%).
Na inflação, o mercado também reviu sua previsão e reduziu a taxa do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em 0,1 ponto percentual, indo de 4,75% para 4,65%. A expectativa também caiu para 2024 (de 3,88% para 3,87%) e manteve-se para 2025 e 2026 em 3,5%.
Esse é o segundo ajuste consecutivo para baixo nessa projeção, depois que o IBGE informou mais cedo neste mês que o IPCA passou a subir 0,26% em setembro, depois de alta de 0,23% em agosto.
O centro da meta oficial para a inflação em 2023 é de 3,25% e para 2024, 2025 e 2026 é de 3%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Outra alteração vista no boletim Focus foi no dólar para 2026, que caiu de R$ 5,20 para R$ 5,19. Nos outros anos, a previsão permanece em R$ 5 (2023), R$ 5,05 (2024) e R$ 5,10 (2025).
O mercado manteve a expectativa na taxa básica de juros, a Selic, para os próximos quatro anos em 11,75% (2023), 9% (2024) e 8,5% (2025 e 2026).