A Americanas S.A. (AMER3), empresa de varejo, divulgou relatório de atividades mensais onde aponta uma queda de 23% na cifra de caixa disponível em relação ao mês anterior. Em setembro, o caixa terminou com um total de R$1,195 bilhão, valor significativamente inferior aos R$1,552 bilhões reportados em agosto.
Este relatório veio a público pouco tempo após os administradores judiciais da companhia revelarem que a dívida da varejista fechou o mês de setembro em R$20,65 bilhões. Vale lembrar que a Americanas está em processo de recuperação judicial.
Porque a Americanas investiu mais em suas lojas físicas em setembro?
O mesmo relatório também mostrou que a Americanas investiu R$25 milhões em sua operação de varejo físico no mês de setembro. Isso representa uma subida de 2,5 vezes no investimento em comparação ao mês anterior. Por outro lado, o segmento digital da varejista ficou sem investimentos desde meados de maio de 2023.
Quais foram as contratações e demissões da Americanas em setembro?
Apesar das dificuldades financeiras, a Americanas contratou, em setembro, 111 empresas que disponibilizaram 1,4 mil colaboradores para atividades operacionais, como distribuição, limpeza, manutenção e segurança. Porém, ao mesmo tempo, a companhia reduziu seu número de lojas em 15 unidades, chegando a um total de 1.779 lojas ativas. Este número representa 94,53% do total que a companhia tinha antes de entrar em processo de recuperação judicial.
Além disso, a Americanas também divulgou que desligou 177 funcionários na semana entre os dias 9 e 15 de outubro. Nesse período, também fez a admissão de 251 colaboradores. A empresa esclareceu que esta medida inclui desligamentos voluntários, isto é, que ocorreram por iniciativa dos próprios funcionários, em um total de 117 registros.
Como a Americanas pretende sobreviver a sua situação financeira?
As informações apresentadas pela Americanas S.A. (AMER3) mostram uma situação financeira complicada, com uma dívida significativa e um fechamento expressivo de lojas no último mês. Ainda assim, a empresa parece estar trabalhando para resolver sua situação, por meio de contratações de empresas terceirizadas e da reestruturação de sua força de trabalho. No entanto, só o tempo dirá se essas medidas serão suficientes para que a varejista consiga atravessar este desafiador momento de crise.