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Data: 20/10/2023

Editoria: Sem categoria
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A ascensão do varejo de segunda mão e seus impactos globais

Nos Estados Unidos, expectativas são de crescimento para o varejo de segunda mão

Em 2022, 52% dos consumidores compraram roupas de segunda mão nos Estados Unidos.  Além disso, por lá a revenda cresceu cinco vezes mais que o setor varejista de roupas em geral no ano passado e alcançou US$ 39 bilhões. O estudo mostra que um a cada três itens adquiridos nos últimos 12 meses foi de segunda mão. O esperado é que, em 2023, a compra e venda de produtos usados no varejo tenha evolução acelerada em 2023, crescendo 26%, e continue impulsionando em 2024, crescendo 33%.

Só nos Estados Unidos, segundo o relatório da ThredUp, a expectativa é que o mercado de segunda mão alcance US$ 70 bilhões até 2027, diante da forte trajetória de crescimento que mantém. Para 2027, estima-se que esse crescimento seja de nove vezes maior que o varejo mais amplo do setor de vestuário.

revenda online é o setor de crescimento mais rápido, e espera-se que nos EUA ela aumente 21% ao ano até 2027, atingindo US$ 38 bilhões e crescendo duas vezes mais rápido do que de segunda mão em geral.

Os motivos que levam os consumidores às compras de segunda mão

inflação é um dos motivos que levam o consumidor a optar por comprar roupas de segunda mão. 94% deles se dizem preocupados com o impacto do aumento dos preços em suas finanças no dia a dia, e 38% estão extremamente preocupados. 37% dos consumidores gastaram uma proporção maior de seu orçamento de vestuário em produtos de segunda mão do que no ano passado, e 63% aumentaram seus gastos na compra e venda de produtos usados como forma de driblar a inflação. Outros 42% dizem que os usados se tornaram mais acessíveis.

Geração Z e o aumento e o aumento nas revendas

A revenda tem potencial para reduzir a produção de novas roupas

E no Brasil, como está o varejo de segunda mão?

Entre os itens mais procurados estão as roupas, que lideram o ranking com 50% de adesão entre compradores de seminovos. Em seguida aparecem calçados e acessórios, com 34% e 33% de penetração, respectivamente entre os consumidores.

Os motivos para a venda de itens de segunda mão são: passar para frente roupas paradas (38%); liberar espaço no guarda-roupas (34%); ser sustentável ao passar roupas a frente (29%); ganhar dinheiro para novas roupas (27%); disposição de tempo para organizar e vender (26); situação financeira apertada (19%); quando conhecidos estão se desfazendo de roupas (12%); e experiência divertida (12%).

O estudo mostra ainda que a variedade no guarda-roupa é outro ponto importante para os consumidores brasileiros, que valorizam a qualidade das marcas durante as compras. A Enjoei explica que, uma vez que as roupas passam por curadoria, é possível ter acesso a itens premium por um valor mais baixo que o vendido em primeira mão, e esse é o principal motivo da compra para 46% dos respondentes do estudo.

Ainda de acordo com a pesquisa, entre os compradores e vendedores de usados, há uma média de 12% do guarda-roupa sendo ocupada por peças de segunda mão, muito similar ao encontrado nos mercados maduros. Os consumidores declaram ainda a intenção de aumentar este percentual, alcançando 20% já em 2025, representando um mercado potencial de R$ 24 bilhões.

O segundo desafio é a mudança cultural sobre o consumo de segunda mão. A pesquisa mostra que 60% das pessoas não vendem suas roupas usadas por falta de hábito. Já outros 43% preferem doar as peças que não utilizam mais. Além disso, há quem tenha medo de adquirir peças usadas pela “energia” que elas carregam.