Veículo: Valor Econômico / Finanças - Online
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Data: 11/10/2023

Editoria: Sem categoria
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Manhã no mercado: IPCA, ata e comentários de integrantes do Fed estão no radar

A sessão desta quarta-feira se inicia mais uma vez com menor pressão dos Treasuries, o que permite com que mais uma dia ativos de risco se recuperem. Ainda que pesando menos, os rendimentos dos títulos do Tesouro americano continuam no radar dos agentes e, por isso, novos comentários de integrantes do Fed devem ser monitorados com atenção. Além disso, hoje é dia de divulgação da ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc). Por aqui no Brasil, o foco deve se manter na divulgação do IPCA de setembro, enquanto o noticiário traz pouca novidade sobre a pauta econômica no Congresso.

Pela manhã, o rendimento da T-note de dez anos nos EUA recuava, de 4,664% para 4,558%, em mais uma rodada de alívio da curva de juros americana. Isso permite que os índices futuros de Nova York e algumas bolsas europeias avancem. Neste último recorte, o descolamento ocorre pela bolsa de Paris: o CAC 40 cai na sessão de hoje puxado pela depreciação das ações da LVMH (dona de marcas como Louis Vuitton, Fendi e Moët & Chandon), após o grupo de artigos de luxo apresentar projeções fracas para a empresa.

No caso das moedas, hoje mais uma vez o dólar apresenta fraqueza global, em especial frente a divisas de mercados emergentes. Enquanto o índice DXY exibia queda de 0,05%, a moeda americana recuava 0,44% ante o peso mexicano e 0,73% contra o rand sul-africano. O movimento de queda dos rendimentos dos títulos americanos é que deve dar o sinal se esse movimento deve ou não se estender e para isso os investidores ficarão atentos a comentários dos conselheiros Christopher Waller, Michelle Bowman, além do discurso do presidente do Fed de Atlanta, Rapahel Bostic.

Atenção também se mantém no leilão de títulos de dez anos hoje nos Estados Unidos, já que os investidores avaliam com cautela a demanda pelos papéis, diante da preocupação com mais movimentos técnicos que pressionem a curva de juros. Ainda nesta quarta, destaque para a divulgação da ata da última reunião do Fomc.

Por aqui no Brasil, o foco é o índice oficial de inflação (IPCA) de setembro. A mediana das 46 estimativas coletadas pelo valor indica que o indicador deve ter avançado 0,33% no último mês em relação a agosto. Se isso se confirmar, o avanço apontará para uma aceleração no aumento dos preços já que a alta de agosto foi de 0,23%.
Sobre a pressão dos preços, hoje os contratos futuros do petróleo voltam a operar perto da estabilidade, eliminando ainda mais o temor de que a guerra fosse alimentar mais a alta globais dos preços.

Por aqui o noticiário e a discussão no entorno de temas econômicos no Congresso seguem calmos, já que a semana deve ser encurtada pelo feriado de Nossa Senhora Aparecida amanhã. Na sessão de ontem, o Valor informou que os líderes da base governista na Câmara decidiram votar na terça-feira o projeto de lei de tributação dos investimentos offshore e de fundos exclusivos. A votação será conduzida pelo vice-presidente da Casa, Marcos Pereira (Republicanos-SP), já que o presidente Arthur Lira (PP-AL) está fora do país.