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Data: 11/10/2023

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IPCA sobe 0,26% em setembro e fica abaixo da mediana esperada pelo mercado

A inflação oficial brasileira, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu 0,26% em setembro, após alta de 0,23% em agosto. Em setembro de 2022, houve deflação de 0,29%. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa de 0,26% em setembro de 2023 ficou abaixo da mediana das projeções de 46 instituições financeiras e consultorias, ouvidas pelo Valor Data, de 0,33% de alta. O resultado ficou dentro do intervalo das projeções, que ia de 0,2% a 0,5%.

Com a taxa de setembro, o resultado acumulado nos últimos 12 meses acelerou para 5,19%, ante 4,61% até agosto. Para esse resultado, a mediana das estimativas do Valor Data era de 5,25%, com projeções entre 5% e 5,44%.

O preço da gasolina subiu 2,80% no mês e foi o maior impacto individual para a alta do IPCA no mês, de 0,14 ponto percentual.

O resultado do IPCA em 12 meses ficou acima do centro da meta inflacionária estabelecida pelo Banco Central (BC) de 3,25% para 2023, mas dentro da margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, para mais ou para menos.

Grupos
Das nove classes de despesas usadas para cálculo do IPCA, subiram menos habitação (de 1,11% para 0,47%), vestuário (de 0,54% para 0,38%), saúde e cuidados pessoais (de 0,58% para 0,04%) e educação (de 0,69% para 0,05%). Com queda mais marcada, apareceram artigos de residência (de -0,04% para -0,58%) e comunicação (de -0,09% para -0,11%).

Por outro lado, a inflação acelerou nos grupos transportes (de 0,34% para 1,40%) e despesas pessoais (de 0,38% para 0,45%). No caso de alimentação e bebidas, os preços continuaram em queda em setembro, com recuo de 0,71%, mas esta foi menos intensa do que em agosto (-0,85%).

Entre os grupos, o maior impacto para a alta do IPCA (0,29 ponto percentual) e a maior variação (1,40%) vieram de transportes, seguido por habitação (0,47% e 0,07 ponto percentual). Dentro do grupo está a gasolina.

O IBGE calcula a inflação oficial brasileira com base na cesta de consumo das famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos, abrangendo dez regiões metropolitanas, além das cidades de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e Brasília.

Difusão
A inflação se espalhou menos pelos itens que compõem o IPCA em setembro. O chamado Índice de Difusão, que mede a proporção de bens e atividades que tiveram aumento de preços, caiu para 42,7% no nono mês de 2023, de 53,1% em agosto, menor percentual desde julho de 2017 (41,8%), segundo cálculos do Valor Data considerando todos os itens da cesta.

Excluindo alimentos, grupo considerado um dos mais voláteis, o indicador também mostrou uma menor abrangência das altas de preços, de 61,2% para 44%, menor desde maio de 2020 (36,8%) por esses parâmetros.

Núcleos
A média dos cinco núcleos do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) monitorados pelo Banco Central (BC) caiu para 0,22% em setembro, de 0,28% em agosto, segundo cálculos da MCM Consultores.

No acumulado em 12 meses, a média dos cinco núcleos recuou de 5,22% para 5,01%.

A meta de inflação perseguida pelo BC é de 3,25% em 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.