Depois da melhora nos mercados ontem após um dado da ADP (criação de vagas no setor privado) mais fraco que o esperado nos Estados Unidos, os investidores acompanharão vários discursos de diretores do Federal Reserve (Fed, banco central americano) previstos para esta quinta-feira em busca de pistas sobre os próximos passos do BC americano. O dólar fechou estável ante o real e os DIs devolveram um pouco da alta recente, ajudando o Ibovespa a fechar no território positivo, com alta de 0,17%.
Também neste sentido, os agentes devem colocar foco no número de novos pedidos de seguro-desemprego nos EUA requeridos na semana até 30 de setembro (9h30), enquanto, no Brasil, não há agenda relevante. Os agentes seguem monitorando as movimentações em Brasília em torno das metas fiscais, como as do projeto de lei que taxa os fundos de alta renda (offshore e exclusivos), cuja votação foi adiada para o fim do mês.
Os mercados abriram a sessão de hoje cautelosos dado que o grande indicador da semana sai amanhã, o ‘payroll’ (relatório do mercado de trabalho americano). Dados recorrentemente positivos sobre a atividade econômica americana têm intensificado a tendência de alta dos yields dos Treasuries, com impactos sobre os ativos de risco globalmente. Nesta manhã, porém, os rendimentos dos títulos caem em toda curva, enquanto o índice do dólar DXY é negociado em torno da estabilidade. As bolsas europeias operam em leve alta e os futuros de NY recuam também sem ímpeto. O petróleo prolonga as perdas de ontem, com queda de cerca de 2% em NY e em Londres.
Quatro diretores do Fed falam hoje: Loretta Mester (10h), Thomas Barkin (12h30), Mary Daly (13h) e Michael Barr (13h15). No Brasil, o diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, participa hoje da abertura de fórum GRI de Fundos Imobiliários, em São Paulo, às 9h, e pode dar pistas igualmente sobre o pensa o Copom sobre a tensão recente dos mercados globais e seus impactos sobre o futuro da Selic.